A eleição para a presidência azulina contou com alguns excessos e tensões, tanto entre sócios quanto entre militantes das duas chapas. Um desgaste, como em toda eleição, era inevitável. No entanto, findado o processo, a expectativa é que os palanques sejam desmontados e haja união entre as partes em prol do Remo.
“Não será um trabalho apenas nosso. Vamos reunir todos os que quiserem ajudar. Agradeço aos sócios pela eleição e mando um abraço ao Magnata, um grande azulino que vai trabalhar conosco. Quero agradecer também ao Pirão, outro baluarte que esperamos que trabalhe conosco”, disse Henrique Custódio, que ainda completou com um elogio ao rival nas urnas. “Pirão deixou o clube estruturado. Agora nós vamos assumir e estruturar ainda mais, levando o Remo rumo à modernidade”, prometeu.
Dos antigos opositores, Marco Antônio Pina, o “Magnata”, já se dispôs à trabalhar com a nova gestão. “Minowa é o novo presidente e tinha que cumprimentá-lo. Nós torcemos por ele, porque quem vai ganhar é o Clube do Remo”, afirmou o candidato a vice-presidente pela Chapa 1. Magnata revela que, no momento do cumprimento e reconhecimento da derrota, quem falou não foi o candidato, mas o amigo. “Dei os parabéns. Sou amigo e advogado particular dele. Desejei sorte e tudo de melhor para ele na condução do Remo”, disse.
Minowa, em meio à comemoração, afirmou que sua expectativa é de cumprir apenas um mandato à frente do clube. “Meu sonho é ao final do biênio entregar o clube na Série B para o meu vice assumir. Estamos trabalhando o Henrique Custódio para ser presidente do clube. Ele é ótimo rapaz, mas ainda é muito jovem. Só nessa última semana tive que ‘puxar a orelha dele’ umas três vezes”, brincou o presidente eleito.
Para os sócios e torcedores, a concretização das eleições gera uma esperança de um novo momento no clube. “É um momento histórico, do exercício pleno da democracia. Nunca tinha visto tanta movimentação, tanto entusiasmo por aqui. Esperamos que isso seja um sinal de que o clube está a caminho de retornar sua grandeza histórica”, comentou Edilson Santos, sócio azulino que veio de Castanhal para votar.
Diário do Pará, 15/12/2014