Carrossel
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O Remo vive um momento agitado nos bastidores. Um novo capítulo dessa novela foi escrito na segunda-feira, 27/04. Após negociar com os jogadores o repasse da verba da venda dos ingressos do Re-Pa do último domingo, visando quitar salários atrasados, a Justiça do Trabalho interviu determinando o bloqueio integral de patrocínio e renda dos jogos do Leão para o pagamento de dívidas trabalhistas, além do leilão do Carrossel, área anexa ao estádio Evandro Almeida.

O Departamento Jurídico do clube tenta reverter o quadro com um recurso para limitar o bloqueio a somente 30% de tudo que entrar nos cofres azulinos, além de evitar o leilão de seu patrimônio.

Os juízes da 11ª e 12ª Varas determinaram o bloqueio integral das bilheterias em razão do não cumprimento de acordos com o TRT fechados ainda no ano passado, por conta das dívidas com o atacante Jayme (R$ 85 mil) e com o técnico Charles Guerreiro (R$ 207 mil). A atual gestão remista também fez outros acordos que acabou não cumprindo. O juiz da 4ª Vara já havia bloqueado 30% da bilheteria, e a 13ª Vara do Trabalho requisitou bloqueio de mais 30%.

Os advogados do Leão Azul correm contra o tempo para que o bloqueio se limite a somente 30% de toda a receita do clube e que todos os processos corram em apenas uma só Vara. Até 2013, o total de dívidas do Remo era de aproximadamente R$ 10,5 milhões.

Em meio a isso, o juiz titular da 13ª Vara, Jorge Antônio Ramos Vieira, também expediu alvará autorizando o leiloeiro judicial Aldenor Bohadana a fazer a venda direta da área do Carrossel pela melhor oferta. O terreno é avaliado em pouco mais de R$ 7,5 milhões. Essa é a quarta vez em 2 anos que a área é encaminhada para leilão, mas em todas as outras ocasiões o Departamento Jurídico azulino conseguiu reverter a situação e evitar a perda da propriedade.

Globo Esporte.com, 29/04/2015