Por 53 votos a 20, o Conselho Deliberativo do Remo afastou provisoriamente o presidente Pedro Minowa na noite desta segunda-feira (18/05). A votação do Condel, que contou com 1 voto em branco e 2 nulos, afastou o dirigente para que uma comissão investigue as denúncias que pairam sobre ele, que vão de gastos indevidos a gestão temerária.
Minowa não se manifestou durante as quase 4 horas de sessão do Condel, limitando-se a dizer que só se defenderia por escrito. Antes mesmo da divulgação do resultado final da votação, o agora presidente afastado saiu do salão principal da sede social e foi embora. Como o vice-presidente Henrique Custódio pediu afastamento do cargo por 6 meses, quem assume o clube é Manoel Ribeiro, presidente do Condel.
Ao deixar a sessão, Minowa confidenciou a alguns poucos que estavam com ele que ainda nesta terça-feira (19/05) estaria de volta ao cargo. O presidente teria prometido recorrer à Justiça para reaver as funções. Entre as alegações estaria de que a sessão do Conselho, em caráter extraordinária, não tinha na pauta a possibilidade de uma votação nesse sentido.
Para o presidente em exercício, recorrer é um direito que o afastado tem. “Se a Justiça achar que ele deve voltar, que seja”, disse Manoel Ribeiro.
A sessão de ontem foi tumultuada, como era esperada. A quantidade de seguranças presentes era bem maior que o usual, com todos que subiram ao salão tendo que se identificar. Alguns torcedores protestavam do lado de fora, mas sem incômodo para quem estava dentro. Um grupo de 26 conselheiros foi afastado por estarem inadimplentes em 3 ou mais meses com a mensalidade estatutária do Condel.
A Comissão que vai estudar as denúncias é a mesma que havia sido formada anteriormente para averiguar outros casos envolvendo a administração Minowa. Composta pelos conselheiros Hamilton Gualberto, Haroldo Picanço e Vinícius Oliveira, ela vai ter o prazo que tinha, que ia até a próxima segunda-feira, 25/05, estendido em mais 15 dias para dar o relatório final.
Após isso, serão mais 15 dias para a preparação da defesa, caso a comissão encontre irregularidades. Nesse caso, a decisão pelo afastamento em definitivo ou não de Minowa ficará a cargo da Assembleia Geral. Se isso acontecer, o órgão começará o processo para outra eleição.
Amazônia, 19/05/2015