O recadastramento dos associados do Remo, com vistas à eleição que apontará o presidente para o “mandato-tampão” de 1 ano no comando do clube, caminha a passos de tartaruga. Segundo informações passadas por pessoas responsáveis pelo trabalho, até esta quarta-feira (18/11) pouco mais de 300 sócios teriam procurado a sede social azulina para colocar suas situações em dia.
Apenas os associados recadastrados terão direito a voto no pleito, que ainda não tem data certa para ocorrer. O presidente da Assembleia Geral, Robério d’Oliveira, já anunciou que somente após a conclusão do processo que será definido o dia para a escolha do novo presidente.
O recadastramento é bastante criticado por advogados ligados ao clube. Segundo eles, o Estatuto azulino não prevê, em nenhum de seus artigos, o registro antecipado dos eleitores.
“Aqueles que forem impedidos de votar, por não terem feito esse recadastramento, poderão, tranquilamente, recorrer à Justiça para anular o pleito”, informou um desses advogados, que pediu para não ter o seu nome revelado.
“O Estatuto não exige nenhum recadastramento. O que ele diz no tocante a eleição no Remo é de que o associado só precisa estar em dia com a sua mensalidade. Por isso é claramente um afronta essa história de recadastramento. Já imaginou um associado que está com seu pagamento em dia ser impedido de votar só por não ter feito esse recadastramento? Isso é um absurdo, que vai dar panos para mangas, com certeza”, completou.
Diário do Pará, 19/11/2015