Em 3 meses de mandato, o presidente Pedro Minowa conhece bem o clube que comanda. A pressão vem de todos os lados: torcida, dirigentes, conselheiros e até da imprensa. Não é fácil comandar uma instituição da envergadura azulina, mas se engana quem pensa que o “Anjo do Oriente” anda desatento quanto os que o cercam.
Logo no início, ele experimentou o gosto amargo da derrota, mas não esmoreceu. “Não estou feliz, mas isso é normal. Passei várias administrações olhando meus concorrentes e nunca pensei que pudesse perder o primeiro turno, mas não serei o primeiro ou o último”, profetiza, dizendo-se indiferente às críticas e boatos que muitas vezes surgem de dentro do próprio clube. “Nem Jesus agradou a todos e o mundo continua. Isso é democracia, um direito de todos. Só sei que estou do lado do bem”, disse.
Até o vice-presidente, Henrique Custódio, por vezes se vê envolto às turras com Minowa. “Ele não pode se queixar de ninguém. Se tem queixa minha, é a maior injustiça. Ele se queixa em Whatsapp, Facebook.., Não posso fazer nada. Não sei o motivo desse ciúme bobo. Até porque, o futuro dele é ser presidente do Remo”, garante o mandatário azulino.
Sobre o Baenão, Minowa tem novidades. “Até o dia 10/04 teremos todo orçamento e projeto para revitalizar as arquibancadas. Prevejo aproximadamente 90 dias para a conclusão, a partir daí, se o Remo estiver na Série D, poderemos ter uma renda maior e aí sim vamos pensar na conclusão das obras das cadeiras e camarotes”, ressalta, com um pequeno lembrete.
“Na minha campanha, não prometi que ia fazer cadeiras e camarotes. Ao contrário, comprei e não estou usando até hoje. Esse Conselho, preocupado com renda, deveria cobrar a gestão passada. Como presidente, quero terminar a obra porque é um bem para o clube”, confirma.
Para finalizar, Minowa critica ironicamente quem “joga contra” a sua gestão. “Incomoda os inteligentes, os sabidos. Aqui só tem artista, não tem um bandido”, diz.
Diário do Pará, 22/03/2015