Justiça
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A dívida do Remo na Justiça do Trabalho está em torno de R$ 11 milhões. No entanto, um acordo fechado com o advogado Henrique Lobato, envolvendo 27 processos, permite ao clube pagar R$ 5,6 milhões em 60 meses (até o fim de 2020), a partir de uma entrada de R$ 1 milhão, com parte do que está retido no TRT (R$ 1,4 milhão). Só falta a homologação da desembargadora Francisca Formigosa, para quem estão direcionadas as questões do Leão Azul. Uma vantagem imediata da programação de pagamento é a suspensão dos juros.

O Remo negociou também com o meia Thiago Galhardo e com o volante Gerônimo, ambos de 2013, e ainda com o zagueiro Rogélio, de 2014, e vai quitar os débitos com outra parte do dinheiro retido no TRT, frutos das ótimas rendas obtidas na Série D.

Apesar dos esforços, o clube não teve êxito nas investidas por um acordo para pagamento de Thiago Belém, o principal credor, com mais de R$ 1,7 milhão. Esse débito estaria maior se o Tribunal já não tivesse repassado cerca de R$ 400 mil em rateios, em 10 anos. O processo é de 2005 e começou com a multa rescisória de R$ 900 mil.

Segundo o Remo, o advogado do ex-atleta, Carlos Kayath, rejeitou todas as propostas e só admite a quitação com 100% do valor. Thiago Belém subiu do Sub-20 e jogou 45 minutos pelo time profissional. Essa é a trajetória profissional dele no futebol. O processo na Justiça foi consequência de tratamento desrespeitoso do clube ao então atleta, na época. A dívida é produto de um “crime” de gestão. Além disso, o Remo perdeu prazo para recurso do TST, em um segundo ato de irresponsabilidade na mesma questão.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 25/11/2015