O adiamento das eleições presidenciais do Clube do Remo para o dia 03/12 já está na mira de uma ação jurídica. O autor do processo será o atual presidente do clube, André Cavalcante, que disparou, em sua conta na redes sociais, que a decisão do presidente da Assembleia Geral azulina, Robério D’Oliveira, foi tomada “sem nenhum fundamento estatutário”.
O adiamento foi determinado na tarde desta quinta-feira (03/11), na sede social do clube, sob alegação de irregularidades no processo de entrega da lista de sócios aptos a votar e também na anistia de sócios proprietários que estavam com dívidas nas mensalidades.
Leia a declaração de André Cavalcante na íntegra:
O que estou denunciado a várias semanas hoje (quinta-feira) se concretizou: o Presidente da Assembleia Geral, SEM NENHUM FUNDAMENTO ESTATUTÁRIO, adiou as eleições do Clube do Remo.
Deixo claro que não sou contra nenhuma forma de verificação, de auditagem ou constatação. Acho válido tudo que trouxer transparência e segurança para o pleito, contudo, entendo que todos esses movimentos poderiam ser realizados sem que as eleições fossem adiadas.
Temo pelo planejamento administrativo, financeiro e do futebol. Não podemos cometer os mesmos erros. Esse ano fui eleito dia 23/01 e o Parazão começou dia 30/01, como planejar em uma semana?
Até agora, com muito esforço, vínhamos controlando os acordos com jogadores, mas vamos ficar estrangulados financeiramente. Essa decisão é temerária em todos os aspectos.
Já estamos reunidos com nossa equipe jurídica para montar a estratégia que será adotada.
Fica meu repúdio e toda minha preocupação com o Clube do Remo.
André Cavalcante
Na manhã desta quinta-feira (03/11), o presidente azulino já havia movido uma ação na Justiça Comum, onde conseguiu uma liminar para invalidar o relatório apresentado pelo Confis (Conselho Fiscal), que denunciava irregularidades na gestão de Cavalcante. Entre os aspectos levantados no relatório, está o rombo de mais de R$ 5 milhões. Para esta decisão ainda cabe recurso.
ORM News, 03/11/2016
