Na recente democracia azulina, o Clube do Remo vai para a sua 4ª eleição direta para a escolha do presidente, sendo que, logo na primeira votação, houve um problema com as urnas de lona. Em 5 delas, havia mais votos do que assinaturas de aptos, o que ocasionou na impugnação do resultado. Na segunda votação, tudo ocorreu de forma normal.
Este ano, pela primeira vez foram usadas urnas eletrônicas para a eleição extraordinária, sendo um grande passo nesta curta história democrática remista. Porém, com a possibilidade do retorno ao voto de papel, os bastidores se aqueceram e a preocupação com a segurança das eleições também. Para André Cavalcante, candidato da Chapa 20, com a urna eletrônica seria muito mais seguro do que com a de lona.
“Esta comissão, que sempre preza pela segurança e pela transparência, vem agora dizer que podemos acabar tendo a eleição sendo realizada em urna de lona. Isso é uma situação muito complicada para a nossa eleição e que acaba afetando a todos, aos candidatos e também ao sócio, que fica inseguro quanto ao resultado do pleito”, afirmou.
Para o candidato a vice da Chapa 10, Ricardo Ribeiro, qualquer tipo de pronunciamento só será feito depois que tiver alguma decisão concreta.
“Vamos esperar uma posição oficial sobre isso mas, para nós, tanto faz. Quem decide é o presidente da Assembleia Geral e o que ele decidir, vamos acatar”, conta Ricardo Ribeiro, que faz dupla com atual presidente do Conselho Deliberativo, Manoel Ribeiro, que encabeça a chapa.
Robério D’Oliveira, presidente da Assembleia Geral do Clube do Remo, garante que, independente da forma como a votação seja realizada, por meio de urnas de lona ou eletrônica, o processo será seguro.
“Na verdade, o maior problema, a meu ver, é o da lista de aptos a votar. Uma eleição segura nós teremos sob qualquer aspecto. Com a urna na forma, hoje, antiga no Brasil, de contagem, nós só teremos uma eleição lenta. Porque são mais de 100 candidatos ao Condel, já ao Codir, são somente dois. O certo é que a segurança está na preparação do pleito e vamos prepará-lo de uma forma correta”, encerrou o presidente da AG.
Diário do Pará, 14/11/2016