Foi protocolada no Tribunal Regional do Trabalho, na última segunda-feira (03/03), uma proposta no valor de R$ 8,5 milhões pela área do antigo “Carrossel”, imóvel do Remo, localizado na Avenida Almirante Barroso esquina com Travessa Antônio Baena. O autor, João Vicente Felizola Bentes, é o mesmo que em junho de 2015 assinou proposta de R$ 7,6 milhões pelo mesmo imóvel.
Felizola é consultor de negócios e representa um cliente. A nova investida ocorreu porque o clube descumpriu o atual acordo com credores no TRT, deixando de depositar quase R$ 150 mil dos 30% das rendas dos jogos contra Cametá e Paysandu (1ª e 4ª rodadas do Parazão). Houve um pedido de novo prazo, ainda sem resposta da Justiça.
Pressionado dentro do clube, o presidente Manoel Ribeiro prometeu para esta quarta-feira (08/03) o pagamento, como forma de salvar o imóvel e o acordo firmado com os credores em novembro de 2015, com 100% de bloqueio nos patrocínios e 30% nas bilheterias.
Manoel Ribeiro é o único causador desse risco, 32 anos depois que ele foi o responsável pela perda do Posto Azulino, na gestão 1984/1985, por acúmulo de débitos com a Petrobrás. Outra mancha na história de Ribeiro na presidência do Remo foi o misterioso assalto à sede do clube, em 2015, no mandato interino. Até hoje não foi esclarecido sequer qual o verdadeiro montante do dinheiro roubado: se R$ 112 mil ou R$ 423 mil.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 08/03/2017