Em novembro de 2015, o Remo negociou um plano de pagamento para 27 credores, que correspondiam a R$ 5,6 milhões, quase metade do débito total na época. O Leão se comprometeu a repassar 100% dos patrocínios que recebe do Governo (Funtelpa e Banpará), além de 30% das rendas de bilheteria que tivesse direito.
Em 2017, o clube já estava devendo 5 repasses do acordo, ultrapassando os R$ 350 mil, referentes às rendas de alguns jogos no Parazão, Copa Verde e Série C, mas nesta quarta-feira (31/05), o Leão fechou novo acordo com o representante do grupo, o advogado Henrique Lobato.
O Remo vai pagar R$ 140 mil até o próximo dia 10/06 e o restante da pendência em 6 parcelas. Cumprindo esse compromisso, o clube ficará devendo ainda R$ 2,1 milhões do acordo inicial, além dos demais processos de outros credores que não entraram na negociação, como informou o deputado Milton Campos, articulador do novo entendimento entre as partes.
Milton informou também que o Remo tem R$ 770 mil depositados na conta da Justiça do Trabalho, oriundos dos patrocínios estatais, destinados aos pagamentos de outros processos, em uma rodada de negociações programada para esta sexta-feira (02/06).
Para evitar a reincidência dos atrasos no repasse de parte das rendas dos jogos, passa a funcionar bloqueio do percentual direto nas bilheterias. Ou seja, esses 30% não ficarão mais sob controle do clube. Com certeza, a melhor solução.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 01/06/2017