Arrendada no início da década de 80 para o empreendedor João Bosco Moisés e explorada como “Carrossel”, nome dado à casa construída para shows e jogos de bingo, a área anexa ao Baenão passou pelas mãos de outros locadores, com receitas inexpressivas para o clube e batalhas jurídicas, até a retomada em 2012, 2 anos depois de o imóvel ser penhorado pela Justiça do Trabalho.
Nos últimos 8 anos, houve operação de venda de todo o Baenão e várias negociações de parceria para exploração em comodato, mas somente em 2018, a área de 3,7 mil m² começou a dar rendimento significativo às finanças do Remo, no comodato com uma rede de farmácias.
Em 3 décadas e meia, período em que o Remo teve 21 presidentes e 3 Juntas Governativas, o imóvel, cotado em milhões, simbolizou toda a inércia e desgoverno azulino, com absurdos como o lucro de locador em sublocações sem repasse ao Leão e até a permanência de uma família morando 34 anos no local. Dona Maria de Nazaré foi indenizada, em 2016, para deixar o local.
Com o imóvel penhorado, a Justiça do Trabalho programou leilão em diversas ocasiões e até chegou a efetuar a venda, mas os advogados remistas conseguiram brecar.
Cabe dizer agora que o “Carrossel” é página virada. O que há agora é uma área explorada em parceria, finalmente!
O comodato com a rede de farmácias já rendeu ao Remo R$ 210 mil de verba antecipada. A partir de março, o Leão passa a receber R$ 35 mil por mês. Segundo o diretor Haroldo Picanço, não há avanço na negociação do restante da área com a rede bancária interessada. É certo, porém, que mais cedo ou mais tarde virá outro comodato.
Amistoso
O amistoso entre Remo e Tuna, confirmado para sábado (29/09), no Mangueirão, é uma aposta do Leão na torcida para fazer dinheiro. O êxito nas bilheterias, porém, vai depende de ações promocionais. Uma investida poderia ser na autocelebração da torcida, pela maior média de público nos 5 últimos campeonatos estaduais e variação entre 1ª e 2ª maior média de pagantes em edições da Série C no mesmo período. Missão para o marketing azulino!
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 20/09/2018
Cara, não é possível fazer uma área de treinamentos lá, mesmo sendo bem pequena? Pelo menos pouparia o Baenão…
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