Conselho Deliberativo (Condel)
Conselho Deliberativo (Condel)

Com a eleição de novembro se aproximando, os pré-candidatos ao cargo de presidente do Clube do Remo vão ajustando os últimos retoques para ratificar de vez suas chapas, propostas e planos de gestão.

Todavia, o pleito no final do ano vai além da presidência. Fora a equipe que ficará responsável diretamente pelo Conselho Diretor (Codir), como o presidente e seu vice, a eleição também dará uma “repaginada” no Conselho Deliberativo (Condel). Segundo o estatuto remista, 100 novos conselheiros tomarão posse.

Com essa quantidade relativamente alta, uma pergunta pertinente paira no ar: qual a função dos membros do Condel no dia-a-dia da instituição? Na teoria, as atividades vão desde a fiscalização e participações em Assembleia Geral; ao exercício de funções especificas, como por exemplo, os atuais membros das diretorias de futebol (Milton Campos e Miléo Júnior), do financeiro (Haroldo Picanço) e do comercial e Nação Azul (Rafael Dahas).

No caso das fiscalizações, de acordo com o atual presidente do Conselho Deliberativo, Ângelo Carrascosa, o Condel tem por obrigação manter a ordem do clube.

“Nosso compromisso é vistoriar o que ocorre com o Codir, desde as prestações de contas até a apuração de denúncias. O Condel está para o Codir como a Assembleia Legislativa está para o Governo do Estado”, exemplificou Carrascosa.

Embora o trabalho exercido pelo Condel tenha chamado atenção, sobretudo no reparo das finanças azulinas, nos anos anteriores o Conselho também deixou a desejar. Prova disso é que, nos últimos 5 anos, nenhuma gestão prestou contas, uma das prioridades do atual Condel para analisar ainda este ano.

O desempenho dos conselheiros, aliás, destom bastante do ofício. A grande maioria fica “nula” em momentos importantes. Sem projetos ou recomendações para uma elevação ou mudança estatutária, os eleitos acabam mais preenchendo espaço do que fazendo a diferença interna e externamente. Conforme uma fonte do Remo, que preferiu manter o sigilo, a presença da grande maioria quase não é notada.

“O clube sente a necessidade de uma equipe de conselheiros, mas que sejam ativos e determinantes com as suas obrigações, só que isso não acontece. É como se ninguém tivesse obrigação, é um ‘título’ apenas”, criticou.

Diário do Pará, 07/09/2018

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