Neste domingo (18/11), completa-se 8 dias que a nova equipe do Conselho Diretor (Codir) do Clube do Remo assumiu o controle das funções administrativas, após o resultado da eleição azulina.
Para alguns, a repaginação e a direção que o clube poderá ter com a escolha do grupo denominado “MudaRemos”, já estava sendo aguardada ao longo dos últimos 30 dias equivalentes ao processo eleitoral, mas para Fábio Osório Bentes, presidente eleito, tal espera já perdurava por exatos 30 anos.
Quando ainda jovem, ele fixou dentre os seus anseios poder dirigir o seu time de infância na tentava de guiá-lo a dias melhores. Sempre presente nas partidas do Leão, dentro e fora do Estado, quando frequentemente ocupa um lugar nas arquibancadas, não à toa, a maioria da torcida celebrou a nomeação do Bentes pela representatividade dos mesmos, mas dessa vez, em uma posição elevada internamente.
É nesse ponto que o dirigente mira e se baseia para exercer uma gestão diferenciada para o próximo biênio (2019/20).
Impulsionado pela família, desde cedo Fábio Bentes visualizou o Remo como mais do que um clube de futebol. Na realidade, ele entende que, para os azulinos, tudo ao redor conta com um toque azul-marinho.
“Não me lembro de ter passado algum momento da vida sem ter o Remo presente. Desde criança, festa de aniversário tinha tema do Remo, minhas grandes amizades tiveram o Remo em comum. Aquele sentimento que começa na arquibancada só cresceu e me fez estudar o clube e me preparar para realizar esse sonho. Na verdade, é mais do que um sonho ser presidente do Remo”, confidenciou.
Apesar da rodagem em termos de cargos que já ocupou na instituição, Fábio está ciente que irá enfrentar a sua maior missão à frente do clube, não apenas pelas dificuldades naturais, mas pela esperança depositada pelos torcedores na sua postura e no seu plano de gerência.
Bentes detalhou como suas experiências passadas, entre sucessos e insucessos, poderão ajudá-lo a levar o clube em direção à modernidade. Confira a seguir os principais tópicos da entrevista:
Ligação com o Remo
É um sentimento que veio enraizado de família. Desde muito cedo tenho essa identidade com o clube. Minha primeira lembrança com o Remo foi com 3 ou 4 anos de idade, vestindo a camisa, em um aniversário temático. Desde os 5 anos frequentava o Baenão e o Mangueirão com o meu pai. A partir dos 14 anos, com a autorização dele, comecei a frequentar as arquibancadas com os meus amigos e só confirmou aquilo que já queria. Já amava o clube, mas foi uma coisa de tal forma que não conseguia mais desassociar a minha vida de estar acompanhando o Remo.
Apoio da família
O Remo é o maior clube do Norte. Obter o apoio da torcida nesse começo é fundamental, porque nos motiva a levar a eles a mesma receptividade. As dificuldades virão e, por isso, a família sempre tem aquele papel necessário. Foi assim ao longo de todo o processo eleitoral, de união e confiança que podemos alcançar aquilo que nos propusemos a fazer. Essa conquista também foi em homenagem a eles, por tudo que me ensinaram a ser e por ter o Remo como uma ligação entre nós.
Do sonho à realidade
Queria participar (do clube), mas sabia que não era por acaso. Não iria chega de qualquer jeito. Vivi o Clube do Remo, não só de ir aos jogos, mas de frequentar a sede social, fiz basquete, acompanhava o futsal. Paralelo a isso, o lado profissional já tinha um encaminhamento a pensar no futuro do Remo. Todo torcedor tem o desejo de ser ativo no seu clube e com apoio deles, consegui realizar esse sonho. Sei que é só o começo, porque a grande meta é poder ser um presidente reconhecido pelos feitos e, isso sim, irá fazer tudo isso valer muito mais a pena.
Experiência administrativa
Aprendi, estando lá dentro, seja como vice-presidente ou no marketing, como a desorganização, a teoria de que “o Remo sempre foi assim e não vai mudar”, era contínuo. Se sempre foi assim, não sei, mas não vai mais ser. Essa é a minha principal motivação. Fazer as coisas sem transparência, na marra, sem planejamento e de acordo como as coisas vão se encaminhando? Não vai mais existir! Por isso que, ao assumir, deixamos claro o nosso plano e já tínhamos conhecimento do que tem que ser feito, para não assumir de qualquer jeito. O Remo não é um problema, mas uma solução.
Principais desafios
Teremos algum desafios para buscar o nosso grande objetivo, que é alcançar a profissionalização. São inúmeros, porque já tem uma cultura formada lá dentro: funcionários, diretores, associados, que enxergam o Remo ser sempre administrado da mesma forma. Talvez, a mudança dessa cultura é que vai fazer a diferença, botar na cabeça das pessoas que agora será diferente. Porque, hoje, não apenas o futebol, mas o negócio passa por reflexões, mudanças. Se isso mudar, e vai mudar, coisas básicas que ainda emperram o clube nunca mais vão ser problema.
Presidente da arquibancada
Encaro isso com muita honra, de ter vindo da arquibancada, ao lado do torcedor comum, até porque sou só mais um. Tentar entender os problemas do clube. Foi de lá que construí essa base e mirar: “um dia vou conseguir e vou fazer de uma forma diferente”. Hoje tenho essa chance e vou agarrar com unhas e dentes. O torcedor nunca foi um problema, mas pode ter certeza que agora, eles estarão cada vez mais próximos, porque sei o valor de cada um para o nosso clube. É um desafio gigante, mas a preparação, o sentimento pelo clube e o desejo de fazer tudo diferente é maior que isso.
Diário do Pará, 18/11/2018
uma boa cotrataçao para zaga do leao seria o zagueiro Maracas do sampaio correa.
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