Uma robusta e gordurosa pizza saiu do forno da Junta Eleitoral do Remo na sexta-feira (19/10), habilitando a Chapa 10 a concorrer à eleição de novembro.
Nada que não fosse de conhecimento de todos os que vivenciam a realidade do clube ou mesmo aqueles que apenas observam à distância o desenrolar dos acontecimentos.
No Remo, existem “castas” que se perpetuam no exercício do poder político. A mais conhecida delas é liderada justamente por Manoel Ribeiro, atual presidente e candidato à reeleição com a Chapa 10, tendo como vice o coronel PM Hilton Benigno, comandante da corporação militar do Estado.
Ambos foram alvos de pedidos de impugnação assinados por sócios. Nas duas situações, segundo conhecedores do estatuto remista, as acusações eram irrefutáveis. Tanto Ribeiro quanto Benigno deveriam ter sido impedidos de disputar o pleito.
Benigno foi defenestrado tempos atrás do Condel por excesso de faltas, o que o inabilitaria a compor chapa.
Acontece que a Junta Eleitoral, integrada por aliados do presidente, não teve força e independência suficiente para fazer cumprir o que está estabelecido no estatuto, rasgando a Carta Magna azulina.
Depois da análise dos recursos, a chapa da situação foi considerada apta a concorrer e com chances expressivas de vitória, a considerar a capacidade de mobilização e pressão que Ribeiro ainda consegue amealhar.
Pode-se considerar que o resultado da avaliação foi uma medida protocolar, que pouco considerou o conteúdo das denúncias.
A lamentar nisso tudo o fato de que o previsível veredicto da Junta Eleitoral tenha confirmado as desconfianças quanto ao aparelhamento da eleição, como já ocorreu outras vezes.
O coronelismo mostrou toda sua força, expondo as fragilidades institucionais do Remo. Feudos seguem intocados e intransponíveis, desafiando as tímidas tentativas de mudança de rumos na gestão.
Pedro Minowa e André Cavalcante, que presidiram o clube antes do retorno de Ribeiro, constituem exceções dentro da longa tradição de domínio de velhos “caciques”.
Não por coincidência, ambos foram achincalhados e atacados implacavelmente, pelo simples fato de terem rompido com o “status quo”. Não deixaram obras relevantes, mas tiveram importância pela quebra do continuísmo.
Nesta eleição, Fábio Bentes (Chapa 20) e Marco Antonio Pina (Chapa 30) representam a expectativa de ruptura, embora tenham tido participação em gestões recentes. Concentram expectativas porque representam a novidade no cenário “mais do mesmo” que o Remo insiste em reapresentar a cada nova eleição.
Os desafios são imensos e deveriam exigir uma frente político-administrativa que unificasse o clube, mas como de praxe, a eleição deverá ser sequenciada por um processo de isolamento dos eleitos, como é da tradição remista. A divisão só atrapalha e trava iniciativas que visam, mesmo que precariamente, tirar o Remo do atraso secular em que se encontra.
Qualquer manifestação mais ousada é torpedeada pelos derrotados nas urnas, o que transforma o clube em uma infatigável usina de intrigas e insurreições. Ironicamente, as ideias danosas acabam aprovadas pela maioria, o que inclui Conselhos e Assembleia Geral.
Um exemplo típico foi a desastrosa aventura envolvendo os camarotes no estádio Baenão, na gestão de Zeca Pirão. A arrecadação evaporou e o Remo ficou com o prejuízo adicional – e incalculável – de não poder utilizar sua praça de esportes desde 2014.
A liberação da chapa de Manoel Ribeiro abre o processo eleitoral da pior maneira possível, com uma decisão questionada por quase todos no clube, fazendo crer que outros imbróglios ainda estão por vir.
Coluna de Gerson Nogueira, Diário do Pará, 21/10/2018
O clube sempre em segundo plano, para corroborar com as vaidades de velhacos que sobrevivem do passado é que sempre digo o Remo andando círculo sempre parando no mesmo lugar em um beco sem saída.
onde não ha respeito a lei, a anarquia impera. deve haver muita reflexão antes de votar. tanto por part dos candidatos, quanto dos eleitores
onde a lei não é cumprida, impera a anarquia. sobre esse comentário deve haver uma reflexão de eleitores e candidatos
A forma de tirar ele do poder no Remo é a eleição. A junta eleitoral não tem o papel de ficar tutelando os sócios, cada sócio é maior e capaz de tomar suas decisões, não são um bando de incapazes. Portanto, que os sócios tomem a decisão correta, do contrário as juntas eleitorais sempre vão ter que excluir um chapa para “direcionar” as vontades dos eleitores.
É temerário e até vergonhoso o que acontece no CLUBE DO REMO, grande culpa pela omissão dos sócios que tendo o poder de fazer mudanças nas urnas, permitem que o clube cobtinuenesta situação vexatória
Pela lógica a lei também dava direito que a chapa do Marechal entrasse na disputa. Quem vai ser o Presidente depende dos votantes, é logico se caso o Marechal ganhar ou perder no voto ele vai aceitar humildemente a decisão, o que tenho certeza é que ele vai batalhar pelo acesso mais do que nunca, a união da Nação azulina vai conquistar o acesso. O Estádio tem que estar cheio, desde o Parazão, seja no Mangueirão ou Baenão, o acesso depende muito disso, acesso da C para B só conseguem os Grandes Clubes de Torcida quando enchem o Estádio ou os Clubes Empresas quando tem sorte nos seus investimentos que arrecadam recursos. Como tenho dito a minha maior alegria dentro do Futebol e ser Torcedor de uma imensa Nação de Torcedores apaixonada pelo seu Clube: O Clube do Remo, o Leão, o Filho da Glória e do Triunfo, o mais Querido …etc…
Este Sr e o exemplo do atraso e da incompetência administrativa do clube nos últimos anos. O Remo é viavel, mas com pessoas antiquadas e sem competência administrativa fica difícil sair do lugar.
Caros amigos, acredito ser muita inocência de vossas partes, acreditarem que os sócios (Remidos e Proprietários) com direito a voto, façam as mudanças que o clube necessita. Foram esses mesmos sócios os responsáveis pelo veto ao direito de voto aos sócios torcedores, e tudo isso foi meramente premeditado. Os diretores, ao aceitarem propostas de emenda ao estatuto, dão um ar de democracia aos torcedores, mas já com todo o circo armado para que seja vetada essa mudança no estatuto. Tudo isso, para não perderem o poder que hoje é concentrado em meia dúzia que come nas mãos dos grandes caciques do clube. E mais…sem sequer levar em consideração os benefícios que a abertura do direito a voto ao sócio torcedor, traria ao clube em termos financeiros, como a captação de novos sócios, a fidelização e adimplência durante o ano inteiro. “Não sejam bobos !!!!!!”
Muita inocência dos colegas acharem que as castas superiores irão deixar que novas idéias floresçam e cresçam dentro do clube. A paixão do Fenômeno Azul ao clube, é incontestável, mas os rumos que o clube tomará não são definidos pela quantidade de torcedores nas arquibancadas. Senão, já seríamos Multi Campeão Brasileiro e teríamos disputado várias libertadores. Enquanto o torcedor achar que a sua única participação é lotando os estádios, nunca sairemos dessa situação. A cobrança por mudanças no clube, deve ir além dos muros dos estádios, o torcedor deve criar uma consciência política pelo clube e lutar pela mudança que de fato está faltando.
O torcedor não pode esperar que os “donos” do Remo permitam o sócio-torcedor ter direito a voto. Já passou da hora da torcida descer a arquibancada e ir até a sede social para se tornar sócio-proprietário do Clube do Remo, com direito a votar e ser votado.
SEJAM SÓCIOS DO REMO!
O Remo só vai crescer quando Raimundo Ribeiro e sua cambada de incompetentes desaparecerem da comunidade azulina.
Em Assembléia poderia ser aprovado a liberação de titulo proprietário para o Sócio Torcedor, facilitando em vários pagamento por exemplo em 10 pagamentos sem Juros, todo sócio proprietário não deixa de ser torcedor apenas tem direito a votar para escolha da chapa encabeçada por um Presidente. E quem não for sócio Torcedor, se quiser um Titulo, poderá pagar em 10 pagamentos com Juros.
Enquanto esta cambada de incompetente estiver no Remo não é aconselhável investir um só centavo no clube.
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