Sem jogos e sem receita, o Remo tenta reaver R$ 500 mil referentes ao patrocínio do Governo do Estado para a Série C. Por meio do seu Departamento Jurídico e do presidente Fábio Bentes, o clube participou de uma audiência por videoconferência, onde os azulinos foram cobrados por documentos em relação a comprovação de pagamentos de funcionários.
Bentes confirmou a cobrança da documentação, mas eliminou as chances de isso representar qualquer tipo de problema, já que a atual gestão está cumprindo com suas obrigações.
“Uma coisa não está condicionada a outra e nem pode estar. Estamos em dia com os salários, os comprovantes até fevereiro de 2020 já estavam no processo. Uma dúvida do Ministério Publico do Trabalho com relação a um funcionário, que não trabalha mais no clube, já foi esclarecida. Não tinha comprovante, já que não era mais funcionário. Seria a única coisa antes de janeiro de 2020”, disse.
Bentes explicou que existem dois processos em andamento. Em um deles, o Ministério Publico solicitou ao Remo alguns documentos, mas devido a pandemia, o clube permaneceu fechado e com parte dos funcionários afastados. O mandatário azulino informou que o clube já tratou de atender a solicitação.
“Foi pedido para acrescentar em outro processo os comprovantes de pagamento depois de fevereiro, que foram pagos. Por uma questão operacional, já que o clube está fechado, isso não tinha sido incluído ainda. Em alguns casos, faltavam pegar a assinatura do funcionário, outros não foram nem receber. Eles pediram e providenciamos ontem (segunda-feira) mesmo. Como fomos notificados na quinta-feira (04/06), tivemos apenas um dia útil para correr atrás. Conseguimos uma boa parte e o que ficou faltando foi entregue”, frisou.
Fábio Bentes esclareceu que o Remo não está com salários atrasados, mas se mostrou preocupado com a demora em liberar o recurso de R$ 500 mil, já que nesta semana vence o mês de maio e não há dinheiro para honrar os compromissos.
“Estamos totalmente em dia, só que está tendo uma distorção. O fato é que estamos aguardando o despacho do juiz. São dois processos distintos, um na Vara centralizada, que não trata de salários atuais e tem o processo dos constantes atrasos de salários, mas que conseguimos regularizar. Tivemos uma audiência sobre o caso e vamos aguardar, se (o juiz) achar que falta algo, vamos atrás. Esse é o nosso papel, só estamos preocupados com o prazo, pois nessa semana vence o salário e não temos dinheiro para pagar e estamos atrás desse recurso”, finalizou.
O Liberal.com, 09/06/2020