Basquete
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Jogando em casa, com as arquibancadas do ginásio Serra Freire lotadas e torcida empurrando o time desde o início, o Clube do Remo manteve a escrita, venceu a segunda partida da série melhor de 3 contra o Paysandu e faturou o tricampeonato paraense de basquete na categoria adulto.

O jogo foi equilibrado até o terceiro quarto, com o Leão abrindo grande vantagem no último período e vencendo por 71 a 58. A campanha azulina foi impecável: 6 jogos e 6 vitórias, sendo 4 delas contra o rival Paysandu – as 3 últimas em sequência.

O duelo começou bastante equilibrado. As equipes se sucediam no ataque e nenhuma vantagem durava muito tempo. Com apoio nos tiros de 3 pontos de Lima e jogadas de infiltração com Luizinho, o Remo venceu o primeiro quarto por 23 a 18. No segundo quarto, a vantagem azulina aumentou. O time chegou a estar vencendo por 10 pontos de vantagem, mas mesmo com a reação bicolor, manteve a pontuação em 38 a 30.

No terceiro quarto, o jogo mudou de mãos. Pela primeira vez na disputa do clássico, o Paysandu conseguiu empatar, crescendo muito o aproveitamento nos arremessos e rebotes, especialmente na reta final do terceiro quarto, que terminou empatado em 51 a 51 e criando um suspense para o último e decisivo quarto.

Quando tudo parecia em aberto, eis que o jogo se tornou um massacre para o Leão. O Paysandu, durante quase 6 minutos, não marcou 1 ponto sequer e o Remo abriu uma vantagem de 15 pontos. Com a aplicação e inversões azulinas de um lado e certa displicência do time bicolor do outro, o jogo terminou com um passeio e muita festa para a torcida azulina.

Mais do que o título da temporada, a vitória azulina no Serra Freire ecoou longe no passado do clube. A última vez que o Remo ganhou um tricampeonato paraense de basquete foi há 32 anos, com os títulos de 1982-83-84. O técnico Abdala Salomão, comandante nas últimas duas conquistas, era um dos mais animados ao final do jogo.

“Basquete paraense é assim. Re-Pa é um jogo de muita vibração e categoria até o fim. Para vencer, não pode baixar a guarda e graças a Deus conseguimos”, festejou.

O treinador bicolor Wagner Stefani, reconheceu o mérito do rival. “A equipe se desequilibrou no último quarto, foi realmente desastroso, mas foi merecida a vitória azulina”, comentou.

Entre os atletas azulinos, apesar do placar dilatado, a sensação era a de que a conquista veio com dificuldades. “O jogo foi muito difícil. Foi o jogo mais difícil da série, apesar do placar final. O time confiou em mim e apostou as bolas especialmente na reta final. Graças a Deus, vencemos”, ressaltou Azevedo.

O gaúcho Socas, cuja experiência internacional inclui até uma passagem pelas categorias de base do Real Madrid, da Espanha, lamentou que com sua torcida e estrutura, a dupla Re-Pa não faça parte do cenário nacional.

“Remo e Paysandu é um clássico, um dos maiores do Brasil. São grandes clubes, acredito que poderiam estar competindo no cenário nacional. Pelo Remo, onde trabalhei, acho que as condições são boas e falta pouco para poder disputar nesse cenário”, desabafou o jogador.

Diário do Pará, 16/12/2016