Para os comandantes destas equipes, os esforços empregados na visibilidade da base são exemplos de que o Clube do Remo pode formar grandes craques sem precisar apostar alto em contratações às vezes “furadas”, mas o que falta é mais empenho, não só dos próprios clubes, mas de um calendário mais generoso.
“Precisamos de mais competições, até porque nunca foi visualizado aqui que precisamos da base. Temos que ter copas, campeonatos. O certo é jogar mais, porque futuro eles têm”, argumenta o técnico do sub-20, Walter Lima.
Forçando neste exemplo, o técnico Waltinho diz que o sub-20 só conseguiu o devido destaque na Copa Norte e, consequentemente, na Copa do Brasil da categoria, por causa da desistência de uma equipe. Caso contrário, os jogadores não teriam o devido destaque, uma vez que o time perdeu a final do Campeonato Paraense para a Desportiva, mas acabou vencendo a Copa Norte e garantindo vaga na Copa do Brasil.
“Hoje, muitos garotos foram vistos por esse motivo. Se não houvesse desistência, ninguém conheceria esses jogadores”, analisa.
O destaque de seus atletas não atingiram só nomes como Jayme, Alex Ruan, Nadson, Rodrigo e companhia. O sub-17 também está despontando. Warian Santos, o “Ameixa”, Alan Marley, Tsunami, Max e Raylan são consideradas as joias da equipe comandada por Netão.
“São jogadores que trabalham muito para alcançar uma posição de destaque. Por esse motivo, eles merecem nossos esforços, da comissão técnica e diretoria”, avalia o técnico.
Em suma, o desejo de revelar talentos em casa é antigo, mas por falta de apoio, muitos craques se perderam ou fizeram sucesso em outros lugares, um fato que desagrada em cheio quem trabalha diariamente para reverter esse quadro. “O torcedor paraense precisa dos grandes clubes daqui disputando campeonatos. Acenderam os holofotes para mostrar que a base tem seus frutos e que o futebol profissional depende muito deles”, faz um apelo o técnico Waltinho.
Diário do Pará, 10/11/2013
