O Remo é uma das principais surpresas da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Líder do Grupo K, que tem o favorito Corinthians (SP), o time paraense chegou a essa condição após empatar com o Timão e vencer a Inter de Limeira (SP) nesta quarta-feira, por 2 a 0. Entre os destaques do elenco, há um que se sobressai, tanto pelo futebol quanto pelo apelido, um dos inusitados do torneio: o zagueiro Tsunami. Na verdade, Wenderson de Freitas Soares é o nome do jogador.
“Me deram esse apelido nas categorias de base do Remo e gostei. Ajuda também porque meu nome não é dos mais bonitos”, diverte-se o zagueiro de 1,89m, autor de um golaço de falta da intermediária no jogo e outro como um típico atacante, dentro da área.
A explicação pelo apelido é tão inusitada como o próprio. O zagueiro diz que ganhou a alcunha logo os primeiros treinos no Remo porque “chegava forte, limpando tudo, tirando tudo”. O jogador remista gostou e decidiu adotar de vez.
“Zagueiro tem que ser assim mesmo e quem me vê jogar percebe que sei sair jogando, vou ao ataque. Então não me limito só a limpar tudo”, diz o artilheiro remista na Copa São Paulo.
O sucesso no torneio tem sido tão grande que Tsunami não pretende mudar de apelido ou adotar o próprio nome caso a carreira como jogador tenha sequência no profissional. Pedidos para que isso aconteça não faltam, mas o zagueiro promete ser duro como é em campo.
“Até o treinador do profissional do Remo (Charles Guerreiro) chegou a pedir para eu trocar, mas não aceitei. Vou ser o Tsunami mesmo e pretendo ser jogador com esse nome”, opina o jovem, fã declarado do espanhol Puyol. “É muito sério em campo”, diz.
Nem o fato do apelido remeter a uma tragédia faz Tsunami mudar de ideia. “Sou um cara do bem. O apelido calhou com a profissão que escolhi para mim, que é ser zagueiro profissional de futebol. Então as pessoas podem ver com outros olhos”, filosofa.
Globo Esporte.com, 09/01/2014