Tuna 1x1 Remo (Sub-20) (Pingo)
Tuna 1x1 Remo (Sub-20) (Pingo)

A Copa São Paulo de Futebol Júnior 2020 começa nesta quinta-feira (02/01). Os representantes paraenses, como se sabe, são Desportiva e Carajás, dois dos clubes que melhor trabalham com a base no Pará atualmente.

Com a Tuna, antigo celeiro de talentos, em baixa há anos, a pergunta é por que Remo e Paysandu, com as estruturas e torcidas que têm, não conseguem ser hegemônicos nas categorias de base. Esse ano, o Leão ficou na 3ª posição no Parazão Sub-17, enquanto o time bicolor foi apenas o 7º colocado.

O fato é que uma esperada hegemonia, assim como no futebol profissional, não acontece com a garotada. Por mais que clubes como Cametá e Independente tenham dado uma de “penetras” na categoria principal, que era comandada apenas pela dupla de rivais da capital, Remo e Paysandu continuam dando as cartas lá em cima, mesmo com uma dificuldade maior.

Castanhal, Desportiva e Carajás possuem seus próprios Centros de Treinamento e isso vem fazendo a diferença.

Outro problema comum a dupla Re-Pa passa pela falta de recursos financeiros. Enquanto clubes mais estruturados têm em seus elencos Sub-20 e até Sub-17 quase a totalidade de jogadores com contratos para garantir uma futura negociação, aqui a realidade é bem diferente.

“Infelizmente, não temos estrutura para assinar com todos. Quem se destaca, a gente logo faz um contrato, mas seria um custo alto para fazer contratos com todos. Espero que um dia cheguemos a esse patamar”, disse Marcelo Bentes, diretor da base remista.

Situações assim geram alguns embaraços. Na Curuzu, vários jogadores deixaram o clube com a demora do início dos treinos visando a temporada 2020. No Baenão, o lateral-direito Rony, considerado uma joia do clube, briga na Justiça Trabalhista para quebrar seu vínculo e, a cada dia que passa, parece mais difícil que um dia volte a vestir a camisa azulina novamente.

Falta de calendário atrapalha

Quando o Leão esteve no pior momento de sua centenária história, sem calendário, o clube se viu obrigado a olhar para dentro de si. Sem dinheiro para contratar e nem crédito para se endividar, a saída foi buscar na base jogadores para formar o time principal.

Nesse período, muita gente subiu sem estar pronta, deixou o clube e até conseguiu projeção em outros lugares, com óbvia menção ao atacante Rony, campeão da Copa do Brasil pelo Athletico (PR).

Aos poucos o clube foi se reorganizando. Como a situação está melhor, mas não livre das dificuldades, a base continua sendo olhada como fonte de talentos.

“Hoje temos 9 jogadores da base no profissional”, citou Marcelo.

“A base tem a mesma estrutura que o profissional. Tudo o que o time de cima tem, a base também usa”, completou o diretor, que aponta para um problema crônico – não para o Leão, mas para todos os clubes paraenses: um calendário deficitário. Todas as categorias de base têm um campeonato estadual que, quando muito, chega a 2 meses. Vale lembrar que o profissional não passa de 3 meses de Parazão, mas o resto do ano é recheado de outras competições.

“Enquanto nosso times, qualquer categoria, jogam no máximo 12 partidas por ano, esses clubes jogam até 70 vezes. É uma outra realidade! Nossa realidade local é muito defasada”, lamentou Bentes, que garante que o Remo está se mexendo para encontrar soluções para esse problema.

“O Parazão Sub-20 começa no segundo semestre, então no primeiro estou atrás de torneios para que o Remo possa jogar. Precisamos colocar os garotos em campo”, apontou.

Diário do Pará, 31/12/2019

3 COMENTÁRIOS

  1. Porque? Ora porque! Acompanho esse espaço, o qual parabenizo pela criação, porque podemos debater de forma livre, democrática e civilizada, com raríssimas situações de excessos por parte de pessoas desavisadas que não sabem conviver com debates e opiniões diferentes. Os jogadores da base em times como estruturas menores ainda vêem em Remo e payssandu possibilidades de crescimento e estabilidade. Já o jogadores da base do próprio clube, assim que aparecem no time principal já sai assediado por empresários e já querem sair do Clube custe o que custar. Não passam uma temporada. Exemplos mais recentes: Gabriel Lima, Ameixa, Levem, Alex Ruan, entre outros. Sempre digo que investir na base é para clube ganhar dinheiro, porque fica na reserva. Mas, quando consegue entrar e se firmar no time principal já quer se mandar.

    • Concordo. Mas o Grabriel Lima não queria sair, foi obrigado pela diretoria a assinar com o Avaí pois o clube precisava do dinheiro.

  2. eu nao acredito que remo e paissandu nao tenham recursos para comprar um centro de treinamento, pois gastam rios de dinheiro com pernas de pau vindo do sul O REMO ja trouxe um monte de perna de pau esse ano, desses se um emplacar e muito. e a base fica a ver navio. deveriam contratar os atletas locais, pois no campeonato o que se ver e os times do interior com jogadores locais jogando melhor do que os penas de pau do remo esse cezinha e um perna de pau e ficou ainda. dou uma dica os clubes falidos, como termas, centro de treinamento do correios em benfica, clube fazenda morubira em mosqueiro, podem ser comprados com valores bem baratos.

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