Para Rogério Belém, ex-meia azulino e atual técnico do time Sub-17 do Leão, o retorno ao clube é parte de um processo de reconhecimento.
Primeiro, pela importância que o Remo teve na sua formação como pessoa e jogador de futebol. Depois, pela necessidade de repassar este sentimento aos jovens garotos que estão, agora, perseguindo o mesmo sonho que o pequeno Rogério de Jesus Nascimento Albuquerque, aos 10 anos, tinha e conseguiu alcançar.
“Para mim, é uma felicidade muito grande retornar ao clube que, graças a Deus, tive sucesso, né? Foi o time que sonhei em jogar e consegui. Porque nunca é fácil chegar ao seu objetivo, ao topo, e eu, graças a Deus, consegui”, contou.
No final de setembro, o ex-atleta remista, atualmente com 48 anos, foi confirmado como novo técnico do time Sub-17 do Remo e chegou no meio da disputa do Campeonato Paraense da categoria.
“Agora, retornar como treinador, é um sonho que estou realizando e vou trabalhar muito para se concretizar mesmo. Estou estudando, estou me capacitando. Já no final da minha carreira estava mais observando do que propriamente jogando, porque a gente tem que fazer isso na parte teórica, nos treinamentos”, relembrou.
Rogério Belém foi contratado para substituir Ailton Costa, que deixou o time Sub-17 após uma sequência de 4 derrotas consecutivas no Estadual. Na estreia, diante do Vila Rica, já emplacou uma vitória por 3 a 0 para os azulinos.
O primeiro ponto de “ataque” do técnico foi o diálogo com os garotos nos contatos iniciais, até pelo pouco tempo que teve para implementar uma nova metodologia de trabalho.
Apesar de se tratar de uma competição de base, a responsabilidade por vencer é grande em uma equipe de massa na região e isso é algo que tem conversado com os jovens.
“No Remo, a pressão é em qualquer categoria, desde o salão. Quando comecei também, lá no Sub-11, era pressão. Não tem jeito, vai até o profissional. Sempre digo e passo para eles que tem muita gente que queria estar no Remo”, contou.
“Hoje recebo ligações direto, direto mesmo, querendo que coloque jogador no Remo, porque é o sonho de muita gente, de muitos pais, de muito jogador querer vestir a camisa do Remo. Então, automaticamente, vem a pressão, né? É uma pressão gostosa, que todo jogador tem que ter para dar a volta por cima e ter grandes vitória. É, sem dúvida nenhuma, uma pressão maravilhosa que existe dentro do Clube do Remo”, avaliou Rogério Belém.
Outro ponto que ídolo remista e atual técnico do Sub-17 ressaltou é, claro, a nova realidade estrutural do clube. Bem diferente do que existia no início da década de 1990, quando dava os primeiros passos no Baenão como jogador, o Rogério treinador tem um Centro de Treinamento à sua disposição, com Departamento de Saúde e profissionais de fisioterapia e fisiologia exclusivos para a base.
“Hoje, nem se fala. A estrutura do Remo é muito boa. Quando a gente começou, não tínhamos um espaço, não tinha todo esse material de treino. Hoje já tenho o CT, que está se estruturando muito mais. Estão fazendo um campo maravilhoso também para o profissional e isso é importante demais”, exaltou.
Desde a compra do CT, em 2021, o Remo vem investindo na estruturação do espaço. Nos últimos 2 anos, a base azulina venceu os campeonatos estaduais Sub-17, Sub-20 e Feminino e tem, como meta, “entregar” ao time profissional jogadores cada vez mais lapidados. Além de formar em casa e reduzir a necessidade de contratações, a ideia é também lucrar mais com possíveis vendas.
“Para a garotada, essa estrutura aí, tenho certeza que vai dar muitos frutos, vai dar muitos bons frutos mesmo. Então a gente está no caminho certo e, agora, em 2024, tenho certeza que vai dar Leão”, projetou.
Além de 2 títulos estaduais como jogador do Remo (1993 e 1996) durante o período do tabu sobre o rival Paysandu, Rogério Belém teve atuações memoráveis com a camisa azulina. Em 1996, foi o artilheiro e eleito o craque do Parazão. Voltou da Europa em 2003 para fazer parte da campanha na Série B que quase levou o Leão ao acesso – o time ficou em 5º lugar na classificação geral.
“Fico pensando que quando comecei, lá atrás mesmo, no comecinho da minha carreira no futsal, que entrava ali no Remo sem ninguém me conhecer, sem ninguém me dar moral. Fui buscando meu espaço e, graças a Deus, hoje a gente volta e é reconhecido. A gente chega e o pessoal vem (conversar). Isso é muito gratificante, é importante demais na minha vida, então não tem nem explicação do quanto o Remo é importante na minha vida”, concluiu.
O Liberal.com, 15/10/2023
Sucesso para o Rogério que foi muito craque no nosso Leão em uma posição que e difícil encontrar um bom jogador hoje em dia aquele meia atacante habilidoso e goleador como foi o Rogerio. Umas de suas grandes atuações no Remo foram: goleada na mucura e contra o Palmeiras no Mangueirao.
Esse era bom de bola. Jogava com raça. Precisamos de jogadores como ele, Rogério Belém.
Pra mim foi um excelente jogodor muito bom de bola
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