Há quatro semanas a frente do Clube do Remo, o técnico Flávio Araújo vem cumprindo com o que falou, em sua primeira entrevista coletiva, quando indagado o que faria nos próximos 20 dias: “Trabalhar, trabalhar e trabalhar”. Mesmo ainda não contando com o elenco completo, Araújo não deu moleza a seus atletas. Nas três semanas de trabalho, por várias vezes, os treinamentos foram realizados em dois turnos e com um detalhe: as movimentações começam cedo e terminam tarde.
Flávio dedicou as primeiras das duas semanas a intensos treinamentos físicos como forma de recuperação e adaptação de seus jogadores ao novo ambiente. Alguns, inclusive, caso do volante Tony, o lateral-esquerdo Thiaguinho e o lateral-direito Walber, sentiram o esforço e foram poupados por alguns dias. Walber, com um problema no adutor da coxa, é o caso mais grave.
Mas foi após a confirmação do primeiro amistoso do time, dia 28/12, contra o Castanhal, que Araújo mostrou o que gosta de fazer: treinamentos coletivos. O número insuficiente de atletas não foi capaz de impedir o hobby favorito do treinador. Para realizar os coletivos, Araújo contou com o Sub-19 como adversário, improvisou jogadores em outras posições e complementou o time com garotos das categorias de base. Resultado: no final da semana, o Leão já havia acumulado seis coletivos. Número superior até se compararmos a equipes já formadas.
Ao longo dos dias, Flávio explicou. “Jogadores aprendem com muita repetição. Por isso estamos intensificando os treinamentos coletivos. Queremos que a equipe comece a criar forma de jogar e a se acostume a nossa forma de trabalho”, assegura.
Diário do Pará, 23/12/2012