A novela envolvendo o Clube do Remo e o Brasileiro da Série D parece cada vez mais próxima de um fim. Para os remistas, infelizmente, esse final está mais próximo de um dramalhão mexicano do que o final feliz e água com açúcar dos filmes hollywoodianos.
O time viu sua melhor oportunidade cair por terra quando o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) indeferiu o pedido de mandado de segurança que o Remo pediu sobre o regulamente do Campeonato Paraense. Restava ao Leão a desistência de uma das equipes de Rondônia. O Campeonato Rondoniense estava indefinido até o dia 01/06, quando o Vilhena (RO) garantiu o título e, consequentemente, a última vaga para a Série D do Brasileiro.
O presidente do time, José Carlos Dalanhol, declarou que o clube pretende participar, mas não nega as dificuldades pela qual o time passa. “Houve um grande burburinho sobre uma compra de vaga, mas isso não vai acontecer. Repito que a diretoria vai fazer o que for necessário para manter o time na Série D. Realmente houve um incentivo de fora para que a gente desistisse da vaga, mas algo que nem começaria a resolver nossa situação”, revelou.
Mesmo com o ânimo de um título estadual, Delanhol não parece otimista com a situação do time. A incerteza do presidente pode abrir uma fresta de esperança na porta que já estava fechada para o Leão Azul. Perto de encerrar o contrato com boa parte do elenco, o clube espera poder adiar a estreia na Série D, marcada para o dia 08/06, contra o Paragominas.
“O clube já procurou a Federação. Falei pessoalmente com o presidente para inclusive tentar adiar a partida contra o Paragominas. Seria excelente caso conseguíssemos este adiamento, pois acabar o campeonato hoje e começar outro logo em seguida não tem como. Não vamos ter time. Se a partida for adiada, está confirmada a presença, mas mesmo assim fica difícil. Estou fazendo de tudo, mas o melhor nesse momento é só aguardar”, afirmou.
Se o Remo quiser se mexer, a hora é essa. O discurso do presidente do Vilhena deixou claro um time sem condições de disputar uma competição nacional. A hora de mostrar a grandeza do Leão de Antônio Baena chegou e ela não pode ser desperdiçada mais uma vez.
Diário do Pará, 03/06/2013