Triste. Esse é único adjetivo para escrever a atual história do Clube do Remo, um dos mais tradicionais clubes do estado do Pará. Os seis primeiros meses do ano, que traziam esperança para a torcida azulina, foram rapidamente transformados em frustração, mágoa e até desespero: mais uma vez, o Campeonato Paraense ficou para trás e, assim, o grande objetivo de conseguir uma vaga em uma competição nacional se esvaiu como areia na mão.
Restou a humilhação e as dificuldades de viver uma era escura, bem longe de uma luz que brilha ao mencionar um dos codinomes do clube: Filho da Glória e do Triunfo. Agora, os problemas só aumentam e se repetem. Nesta segunda-feira (01/07), mais algumas ações na Justiça surgiram. Até ex-ídolos do Remo parecem ter pedido a confiança no Leão. O goleiro Adriano, apelidado pela torcida de “Paredão” por suas passagens marcantes na história do Leão desde meados de 2006, cobra R$ 100 mil de direitos trabalhistas.
Outro ex-azulino que seguiu o mesmo caminho foi Marcelo Maciel. Mesmo com uma passagem menos significativa pelo Baenão, o valor da ação do atacante é maior do que a Adriano: R$ 123 mil. Entretanto, o caso mais curioso é do goleiro Diego Amaral. Ele, que viveu na base do clube azulino por muito tempo, mas nunca foi aproveitado, entrou com uma ação de R$ 1,7 milhões, porém, foram averiguados vários erros no processo e seu advogado irá retirar a ação para um valor menor.
Segundo o advogado do Remo, Pablo Coimbra Arruda, a audiência com Marcelo Maciel está marcada para o dia 09/07, enquanto a de Adriano, para o dia 10/07. “Neste momento, ainda não tenho os documentos. Assim que tiver, analisarei a reclamatória e começo a preparar a defesa”, explicou. Até lá, a história do Remo seguirá do mesmo jeito que está hoje: com velhos problemas se repetindo. Só há uma palavra para descrever essa história: tristeza.
Diário do Pará, 02/07/2013