Ao final da partida em que o Clube do Remo venceu a Tuna Luso, chamou a atenção, em meio às comemorações do time azulino, a atitude de um grupo de torcedores. Insatisfeitos, eles se aproximaram do alambrado e começaram a hostilizar o técnico Charles Guerreiro, com xingamentos e pedidos de saída. Quando o treinador se aproximou da torcida para tirar satisfações, os ânimos se acirraram e atletas e diretoria foram junto ao técnico para ajudar a apaziguar a situação.
“É lamentável isso. Jogamos na sexta-feira (18/10) de noite. Estamos arrebentados, mas viemos a campo e vencemos. Não tem porque esse tipo de situação! É só começo de preparação, não tem competição nem nada. Não entendo o que eles querem”, declarou o zagueiro Henrique, durante a confusão.
O desentendimento teria começado quando Charles pediu a substituição de Branco para colocar o garoto Raylan. O grupo de torcedores teria começado a reclamar do treinador que, ao final da partida, virou para o grupo e fez sinal de silêncio com as mãos, o que gerou a irritação. Charles ficou chateado com a situação, mas acredita que as vaias não representam a maioria.
“Acho que foi algo comandado. Havia uma meia dúzia de torcedores que, desde que a gente fez 1 a 0, começaram a me xingar e ao time, e não pararam até o final do jogo. Quando o Branco fez o gol, apontei para eles e disse que era para eles valorizarem o que tinha aqui e o trabalho que estava sendo feito”, explicou o técnico azulino.
Sobre o jogo, Charles elogiou a atitude dos seus jogadores, que mesmo muito desgastados fisicamente não se abateram e conquistaram a vitória, e a disposição de atletas como Branco, que assumiram funções diferentes no jogo por falta de atletas.
O goleiro Fabiano exaltou os resultados do time após essa maratona de sexta-feira para domingo. “Temos que agradecer muito a Deus por não ter terminado o jogo com ninguém lesionado. Jogar em um sol como esse, com o pouco tempo para descansar que a gente teve e ainda conseguir, senão o nosso melhor nível, mas um nível competitivo de atuação, é porque o grupo foi guerreiro”, comentou o arqueiro.
Diário do Pará, 21/10/2013