Assim que o árbitro Nadilson Souza dos Santos apitou o fim da partida, ontem, no Parque do Bacurau, fechando a vitória do Remo por 2 a 1 sobre o vice-lanterna Cametá, um assunto tomou conta do vestiário azulino: o Re-Pa. O mais importante clássico do futebol paraense, marcado para acontecer no sábado, no Mangueirão, ultrapassou em importância o primeiro triunfo fora de casa da temporada.
Tornou também quase irrelevante o terceiro gol marcado por Val Barreto, um dos jogadores que começa a criar uma forte identificação com a torcida neste momento de reconstrução azulina. “Só tenho a agradecer a Deus pelo momento que estou vivendo e pelos gols que estou fazendo”, resumiu ele, que comemorou o seu primeiro gol marcado de cabeça, uma de suas especialidades. “O professor Flávio (Araújo) tem feito a gente treinar bastante as jogadas aéreas e, além disso, essa é uma característica minha. Sou muito bom na bola aérea e espero poder marcar mais gols como esse e ajudar o Remo a conquistar ainda mais vitórias”, acrescentou.
Por fim, acobertou a transformação pela qual passou o Leão Azul no intervalo, chave da vitória construída no segundo tempo. “Jogamos mais próximos, mais compactado e isso ajudou o time a errar menos passes”, disse Thiago Galhardo. O armador, que jogou mais adiantado na etapa inicial, voltou mais para buscar a bola na intermediária e organizar os contra-ataques. “Ainda estamos ganhando conjunto. Hoje foi meu primeiro jogo como titular e espero jogar ainda melhor no sábado que vem”, emendou ele, abrindo a série de discursos que teve como pano de fundo o rival Paysandu, na teoria o único candidato capaz de tirar do Leão a ponta da tábua de classificação.
“Sabemos que o adversário é forte, mas vamos com tudo para tentar dar mais essa alegria para o nosso torcedor”, cravou o zagueiro Henrique que, de cabeça, fez o gol que garantiu os 100% de aproveitamento do Leão Azul, fechando o marcador. “A gente sabe que o clássico de sábado é um jogo especial, mesmo podendo não definir nada no campeonato. A cidade vai se mobilizar”, disse.
O Liberal, 22/01/2013