A reapresentação do elenco do Clube do Remo foi dividida: os jogadores que não participaram do jogo de quinta-feira, contra o Paragominas, ou que entraram apenas no decorrer da partida, fizeram um trabalho tático no Baenão, enquanto os titulares apenas se exercitaram em uma academia, mas todos os jogadores fizeram uma atividade em comum: exercitaram o desapego e trataram de esquecer o gol do empate nos minutos finais da partida disputada na Arena Verde. A ordem no Leão é a de aprender com o erro para não repeti-lo na partida de volta, que será amanhã.
Erros acontecem e supervalorizar o escorregão do volante Tony no lance que resultou no segundo gol de Aleílson, do Paragominas, não renderia boas energias para o Remo em um momento decisivo. Este é o pensamento dos jogadores azulinos, revelado pelo atacante Fábio Paulista. “Infelizmente em uma bola aconteceu aquilo, mas é do jogo. Vamos treinar para que isso fique no passado e a gente consiga nosso objetivo”, disse.
O jogador descarta a hipótese de que o empate tenha tido efeito de derrota e causado abatimento. Para Paulista, o resultado, independente das circunstâncias, foi bom. “Dos três resultados possíveis, dois eram bons para a gente. A vitória seria excelente e o empate foi bom. Só o que complicava era uma derrota”, garante ele, que aprovou o jeito de o Remo jogar, mesmo que com apenas um jogador de criação.
“Nossa defesa tem cinco jogadores mas também atacamos com cinco. No fim do jogo, a maioria dos treinadores colocaria um zagueiro ou um volante para segurar o resultado, mas infelizmente teve o gol”, disse.
Paulista defendeu ainda que a arbitragem interferiu no resultado do jogo, validando o que considera ter sido um gol ilegal no primeiro empate do time do interior, mas afirma que o remédio para este mal é apenas um. “Não dá para dizer que a arbitragem foi bem. Em ambas as semifinais os árbitros e assistentes erraram, mas quem sou eu para julgar? Temos que fazer nosso papel em campo porque assim, se a arbitragem puxar para um lado ou outro, não vai conseguir atrapalhar”, concluiu.
Para Fabiano, goleiro da equipe, a arbitragem tem que buscar sempre melhorar, assim como qualquer classe profissional. “Não cabe a mim julgar erros ou acertos. As imagens de televisão estão aí e quem quiser pode analisar. Todos somos seres humanos e passíveis de erro, mas temos que sempre buscar a melhora para diminuir esses erros”, disse o jogador.
Flávio Araújo se reuniu com os atletas para um bate papo, onde expôs os pontos em que pretende ver mudanças no time. Uma das reclamações do ténico era sobre os gols de bolas paradas, jogadas que foram repetidas durante os treinamentos.
O Liberal, 16/02/2013