Yan, Thiago Galhardo e Gabriel
Yan, Thiago Galhardo e Gabriel

A briga entre o meia-atacante Thiago Galhardo (22 anos) e o zagueiro Gabriel (18 anos), que trocaram socos e pontapés no treino do Remo, anteontem, parece ter sido contornada. Antes do início das atividades de ontem pela manhã, no Baenão, os dois jogadores pediram desculpas aos demais companheiros de elenco pelas cenas dignas de um torneio de MMA e fizeram publicamente as pazes para tentar colocar um ponto final na polêmica.

A confusão aconteceu após Gabriel dar uma entrada mais forte em Galhardo, que tentou revidar o lance com uma cotovelada. O zagueiro partiu para cima do meia e ambos começaram uma troca de empurrões, chutes e socos até caírem atracados no gramado. Os demais jogadores tiveram muita dificuldade para separar os brigões, que terminaram expulsos do treinamento pelo técnico Flávio Araújo.

Apesar do puxão de orelha, a diretoria tratou o assunto como “normal” de treinamento e Thiago Galhardo foi relacionado para a partida contra o Paragominas, amanhã, às 17h, na casa do adversário. Gabriel ficou fora da relação, mas a ausência, garantem os membros da comissão técnica remista, nada tem a ver com a briga.

Mesmo tentando levar o episódio na base da gozação, os jogadores do Remo não esconderam o constrangimento em ter que falar sobre a briga nas entrevistas coletivas da sexta-feira, quando o único assunto deveria ser o duelo contra o Jacaré. O atacante Leandro Cearense, que não presenciou a briga, admitiu que uma situação como essa não pode ser encarada de forma normal, mas também não deve causar maiores repercussões em um elenco profissional, especialmente às vésperas de uma decisão.

“Normal não é. É feio. Mas o professor e a diretoria foram inteligentes e contornaram a situação. Somos uma família e essas coisas acontecem. Isso é passado. Agora nosso foco está todo nessa final. Estamos unidos para conseguir esse título”, declarou o centroavante, que ao mesmo tempo procurou minimizar a gravidade do ocorrido.

“No treino, sempre acontece uma jogada mais dura, uma entrada mais forte, principalmente nesse momento decisivo. Acontece aquele choque, o contato físico e tem jogador que não recebe da mesma maneira. Os nervos ficaram aflorados, mas eles já até pediram desculpas um para o outro e o restante do grupo até já está brincando com a situação”, revelou.

Amazônia, 04/05/2013