Val Barreto
Val Barreto

Em 2013, o técnico Charles Guerreiro conseguiu uma excelente campanha no comando do Paragominas. Conquistou o título inédito de campeão do segundo turno do Parazão no primeiro ano de disputa do time na competição, mas resolveu trocar o PFC pelo Clube do Remo que, até então, estava nas mãos de Flávio Araújo, considerado o “rei do acesso”, por suas passagens vitoriosas no futebol maranhense, contemplada novamente com o acesso do Sampaio Corrêa (MA) à Série B do Brasileiro do próximo ano.

No Remo, contudo, foi diferente. As vitórias não vieram, mas o sistema tático funcionou em algumas ocasiões. Nos três clássicos que venceu contra o Paysandu, o antigo treinador apostou em sistemas incomuns: o 3-6-1 e o 4-5-1, que se sobressaíram em cima do tradicional 4-4-2 adotado pelo técnico Lecheva, então do rival. Nos dois esquemas, o time entra com o meio-campo reforçado, isolando o atacante na área.

Com Charles Guerreiro, o 4-4-2 está de volta e com ele dois atacantes são servidos pelas laterais e meio-campo. Cabe a Val Barreto a função de ficar centralizado na área, com o auxílio de um companheiro mais deslocado pelas laterais. Essa função, segundo o “Valotelli” será sua grande chance de deslanchar mais uma vez com a camisa 9 azulina.

“É um esquema onde fico centralizado, procurando sempre pegar as bolas cruzadas e enfiadas do meio para finalizar. É importante me manter fazendo gols. Seja em jogos ou amistosos, isso traz confiança para o futuro, sabendo que o trabalho está sendo bem executado”, diz.

No entanto, é preciso muito mais do que finalizar e ele se mostra consciente da responsabilidade. “É importante também ajudar na marcação, basicamente a mesma coisa que vinha fazendo nesta temporada”, completa o atacante.

Diário do Pará, 04/12/2013