A diretoria do Remo, na condição de devedora confessa, preferiu não polemizar em torno do bloqueio de sua cota de patrocínio junto ao Governo do Estado, que na semana passada foi determinada pela Justiça Desportiva. Situação que expõe além de salários atrasados uma série de problemas estruturais e que afetam diretamente o Departamento de Futebol.
O presidente em exercício, Zeca Pirão, que assumiu o cargo após o pedido de licença de 90 dias feito pelo presidente Sérgio Cabeça, afirmou que se manterá firme no compromisso de buscar recursos para a quitação dos débitos com atletas e funcionários.
“Vínhamos conversando com todos. Havia uma previsão do pagamento da folha de maio ao longo desta semana. Por isso, o bloqueio da Justiça nos pegou de surpresa, mas continuamos lutando em várias frentes para tentarmos solucionar todos esses problemas do clube”, declarou o mandatário azulino. “Mas é claro que o bloqueio trouxe ainda mais dificuldades para a solução desses problemas imediatos”, ressaltou.
Para Zeca Pirão, o clube só conseguirá captar valores para o pagamento integral da folha de maio no final desta semana. “É uma posição extremamente desconfortável, mas é a nossa realidade. O dia a dia do Remo é este”, enfatizou.
O dirigente remista garante que na diretoria ninguém está de braços cruzados. “Não imaginávamos que chegaria a esse ponto, mas sabíamos que teríamos muitas dificuldades, principalmente depois que não conseguimos a vaga na Série D. Há várias questões que pesam, inclusive a falta de resultados, que diminui nossa receita e compromete o orçamento, mas faz parte do jogo”, disse.
Na visão do presidente em exercício, o Remo mesmo passando por novo vexame, segue na busca por um norte, que envolve projetos macro e que estão em andamento. “Só que essas questões, que envolvem valores significativos, não são resolvidas da noite pro dia, mas vamos virar esse jogo”, prometeu.
Amazônia, 01/07/2013