Os salários de maio permanecem em atraso no Remo e o mês de junho vence na próxima quarta-feira, 10/07. Enquanto isso, o técnico Charles Guerreiro tenta contornar a situação, embora mostre em seu discurso que o problema não tem trazido alterações na relação de trabalho com os jogadores. O treinador lamentou a crise financeira que vem passando o Leão Azul, mas disse confiar no presidente em exercício, Zeca Pirão, esperando que o problema seja solucionado.
“Não dá para notar nada diferente no trabalho cotidiano. Os jogadores estão treinando bem e com muita disposição. Fizemos um ótimo coletivo na sexta-feira, por exemplo, e todos tiveram um comportamento muito profissional. É claro que todo trabalhador precisa do seu salário. Isso é ruim, não deveria estar acontecendo. Esperamos que seja resolvido o mais rapidamente possível”, disse Guerreiro. “O presidente (Zeca Pirão) está trabalhando para solucionar este problema o mais breve possível e temos total confiança nele”, acrescentou.
O comandante azulino reconhece que algumas situações vividas nas últimas semanas no Baenão podem ter ocorrido em virtude da indefinição sobre o pagamento de salários, além da falta de perspectiva para o restante da temporada. Um desse episódios foi a briga entre o zagueiro Mauro e o volante Gerônimo, durante um treino coletivo no Baenão, há duas semanas.
“A gente sabe como a falta de pagamento afeta as pessoas. Por mais que você tenha algum dinheiro guardado, vai ficando cada vez mais difícil manter as contas em dia e isso acaba afetando um ou outro atleta. Acredito até que aquela briga entre o Mauro e o Gerônimo pode ter sido provocada por esta situação. O jogador vem treinar sabendo que está com salários atrasados e ainda mais sem nenhum jogo oficial pela frente ou mesmo um amistoso. Aí ele sofre uma entrada mais dura e acaba descontando tudo no companheiro”, ponderou o treinador. “Felizmente, esta é uma situação que nós já superamos”, completou.
Com um elenco bastante limitado, principalmente depois dos términos de contrato de alguns atletas, Charles Guerreiro acredita que os treinamentos técnicos e físicos também podem ajudar os jogadores a combater a tensão causada pelo momento financeiro ruim do clube. “Já que temos que esperar uma posição da diretoria sobre esta questão dos salários, temos de esquecer um pouco das dificuldades e problemas e nos concentrar mais nos trabalhos. É isso que estamos passando para os jogadores”, comentou.
Amazônia, 07/07/2013