Eduardo Ramos
Eduardo Ramos

O nome de um meio-campo frustrou praticamente grande parte da torcida que esteve presente no último domingo (15/12), no Mangueirão. Tudo porque o presidente Zeca Pirão e o próprio diretor de futebol Thiago Passos já haviam dito que o dono da camisa 33 se tratava de um goleador, de um atacante com poder de finalização e gabarito reconhecido nacional e internacionalmente. A vinda de um meia, porém, e ainda por cima do rival Paysandu, teve impacto diferente no ânimo do torcedor.

Durante os meses de mistério, nomes consagrados e alguns caricatos foram sondados. Sobre essas conversas, Thiago Passos assegura convictamente que nenhum deles saiu da boca dos diretores de futebol do clube.

“O Clube do Remo não especulou nomes em nenhum momento. Foram nomes que vazaram e ficaram ecoando por aqui, então, automaticamente elevou a expectativa para que ele fosse um top nacional, quiçá internacional! Isso, de certa forma, acabou frustrando alguém que imaginava ver um Rafael Moura, Loco Abreu, Herrera, com salário de R$ 150 mil, totalmente fora da realidade do Remo”, rebate o dirigente.

As vaias, para ele, são reflexos uma paixão desmedida, porém inconsciente que precisa ser direcionada a um projeto muito mais amplo. “A torcida entendeu um pouco equivocadamente o projeto. O projeto nunca foi para promover um único jogador. Ele veio na necessidade de arcar com custos de um plantel qualificado que montamos para esse ano. Alguns atribuíram ares de sagrado, mas não é isso. O número 33 é o símbolo de uma rivalidade, é o reflexo do tabu que aplicamos no nosso maior rival. Nada mais lúcido em trazer um jogador de lá que foi o maior craque do campeonato, mas que agora está aqui no Remo”, completa a explicação.

Diário do Pará, 17/12/2013