O goleiro Fabiano, do Clube do Remo, levou um baque na noite de última quinta-feira (18/07). Não um baque físico em treino, mas sim emocional. “Infelizmente não foi como nós tínhamos planejado. Esperávamos e contávamos entrar na Série D”, comentou o goleiro, a respeito da resposta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao pedido dos azulinos de disputar o Campeonato Brasileiro.
O baque emocional ocasionado no arqueiro azulino tem uma razão. Fabiano era um dos jogadores que mais confiavam nessa participação no certame nacional. “Eu acreditava, sim. Já tinha passado por outras situações como essa do Remo em outros clubes, que terminaram com final feliz. Infelizmente, isso não aconteceu aqui”, contou.
Agora, com o Leão sem jogos oficiais até 2014, o futuro do goleiro no clube entra em jogo: vai permanecer ou vai sair? Tendo criado uma empatia incomum com a torcida azulina, a vontade do camisa 1 é de ficar. O carinho da torcida, aliás, ganhou reciprocidade na própria família do goleiro. “Não sei, vai depender do posicionamento da diretoria. As minhas prioridades são Deus, minha família e o trabalho. Para sair de Belém, tem que ser algo muito bom. Não quero tirar minha filha do colégio e atrapalhar seus estudos. Estou feliz e adaptado a Belém”, afirma.
O problema é que essa mesma empatia também pode ser responsável por fazer o goleiro deixar o clube. Fabiano foi um contraste na temporada ruim do Leão esse ano. Ele foi eleito o melhor goleiro do Parazão por diversas premiações locais, como o Troféu Camisa 13. A visibilidade, claro, trouxe interesse de outros clubes, a maioria do Nordeste.
“Nós temos contas para pagar também. Sei que é bem provável que a diretoria faça ajustes nos salários para conseguir sobreviver esses meses. Tenho outros clubes, mas não vou tomar nenhuma posição sem antes conversar com a diretoria”, adianta.
Diário do Pará, 20/07/2013