Ainda tentando resolver a situação em torno da vaga da Série D, o Clube do Remo segue treinando para aproveitar uma “brecha” e participar do Campeonato Brasileiro, já nos próximos dias. Porém, a falta de confirmação também mexe com alguns atletas, que aguardam um chamado da diretoria para resolverem pendências.
Um dos que seguem trabalhando no Baenão, mas ainda sem saber o seu destino, é o zagueiro Henrique. Titular ao longo do Campeonato Paraense 2013 e na Copa do Brasil, o defensor ainda anseia por uma definição do seu vínculo contratual, que já expirou.
Mesmo que seja apenas para disputar amistosos no interior do Pará, Henrique já manifestou o interesse em ficar na capital paraense. O zagueiro também revela que já teve um primeiro contato com o vice-presidente de futebol, Maurício Bororó, que teria manifestado a mesma intenção.
“Eles (diretoria) querem renovar. O Bororó já passou para mim que sou jogador do Remo, até porque estou fazendo minha recuperação aqui, tratando do meu joelho. Meu contrato já venceu, mas estou aqui. Mesmo que não tenha calendário, Série D, minha intenção também é ficar. Fico sem problemas. Minha família está bem aqui em Belém, adaptada. Não queria ficar me mudando. Se for só para amistoso, quero ficar”, contou.
Feliz em Belém, Henrique também foi procurado por outras equipes, mas preferiu se reservar e não revelar nomes dos interessados em contar com o seu futebol. “Chegaram antes de me machucar. Chegaram três propostas. Não posso falar o nome dos clubes, por questões de ética, mas chegou de um clube da Série B e duas de clubes da Série C”, revelou.
Henrique comentou o imbróglio envolvendo a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Sempre participativo nesse assunto através das redes sociais, o camisa 3 do time de Charles Guerreiro é a favor das reivindicações da torcida para colocar o Leão na competição nacional.
“Na minha opinião, acho que o torcedor que colocou a ação na Justiça tem que ir até o fim, desde que não prejudique o Remo, pois já foi julgado e o clube se prejudicou por causa disso. Se não tivesse essa questão, eles deveriam ir até o fim. É um direito deles, que está no Estatuto do Torcedor. Se viesse essa vaga, seria bom para todos os jogadores. Então fico do lado deles, mas desde que o Remo não seja prejudicado”, ressaltou.
Caso o parecer seja favorável e os azulinos ganhem o direito de entrar em campo na Série D, o atleta não titubeou e garante time para defender com honra e qualidade as cores do Clube do Remo.
“Com certeza. Se o Charles quiser, ele tem um time na mão para jogar. Claro que saíram alguns jogadores, mas outros ficaram, como o Leandro Cearense, Branco, Carlinho Rech, Mauro, Alex Ruan, Fabiano, Gerônimo e Diogo Capela. Temos uma base muito boa. Pelo o que fiquei sabendo, é essa base que os dirigentes querem levar para o ano que vem, para não fazer igual esse ano, que montou um time do zero. Querem fazer uma espinha. Se tiver jogo, estamos preparados”, finalizou.
Portal ORM, 15/07/2013