Apesar da diretoria do Clube do Remo tentar “cobrir o sol com a peneira”, o técnico do time profissional do Leão Azul, Charles Guerreiro, expôs o mau relacionamento entre o Departamento de Futebol Profissional e o Departamento de Futebol Amador, além de não estar satisfeito em ter que fazer dois jogos amistosos em um espaço de tempo muito curto: contra o Castanhal na sexta-feira (18/10) e contra a Tuna Luso no domingo (20/10).
“Não concordo com os dois amistosos, jogando na sexta e no domingo. Além dos jogadores correrem o risco de sofrerem lesão, devido o curto espaço de tempo para descanso entre os dois jogos, ainda não tenho a equipe completa. Não posso contar com André e Rubran (lesionados) e o Ratinho viajou. Não posso utilizar jogadores do sub-17 porque eles têm jogo importante no sábado”, lamentou o treinador.
Charles Guerreiro disse também que trabalha bastante pressionado. “Estamos com uma dinamite na mão e não vamos deixar ela explodir”, compara.
O treinador também reclama das negativas que vêm recebendo quando solicita atletas das categorias de base para compor o elenco profissional, chegando a ouvir de alguns jogadores mais jovens que, caso aceitem treinar ou jogar no profissional agora, perderão espaço no time de suas respectivas categorias.
“Sempre achei que há uma distância muito grande da base para o profissional. Pedimos jogadores da base, até mesmo do sub-17, e não temos conseguido. Já tivemos que pedir um atleta da base e ele chegou e falou (de que seria preterido). Alguém vai ter que ceder, chegar em um bom senso e fazer essa parceria”, conta Charles, que diz que tem o hábito de promover atletas da base para o profissional por onde passou como treinador. “Onde vou, revelo de dois a três jogadores”, completa.
Portal ORM, 16/10/2013