Eduardo Ramos é o principal nome das badalações, mas, por enquanto, os ex-bicolores confirmados no pacote azulino são Rodrigo Fernandes e Mael, que já foi remista. O lateral vem do Macaé (RJ) e o volante do Águia. A próxima confirmação deverá ser do zagueiro Raphael Andrade, do Bragantino (SP), que vestiu azul marinho em 2012. O atacante Zé Soares, destaque do Remo na Série B de 2007, voltou da Europa e também deve ser anunciado em breve.
Esses nomes dão a medida do projeto remista, a ser completado com outras três ou quatro contratações. Pelos comentários de bastidores, há negociações encaminhadas com o atacante Leandrão (Hapoel Akko, de Israel) e com o ala/meia Welington Saci (Figueirense-SC).
A transação mais polêmica é de Eduardo Ramos. Enquanto a imprensa busca esclarecimentos, o atleta e o Remo tratam de confundir. Pelas informações que tenho, basta o Leão Azul cumprir um compromisso financeiro até o dia 12/12 para Eduardo Ramos se tornar azulino por 2 anos, em uma negociação que envolve a venda dos seus direitos econômicos. Em outros valores, seria a mesma cartada feita pelo Remo com Leandro Cearense, que está vinculado ao clube até o fim de 2014, e com Ramon, que veio para 2 anos e passou apenas 4 meses no Baenão.
Mael se despede do Águia no dia 07/12, no jogo contra o Time Negra, para se integrar em seguida ao elenco do Remo. Mael, 28 anos, foi titular do Leão Azul em 2011. Está voltando ao Baenão atraído pela oportunidade de voltar a trabalhar com o técnico Charles Guerreiro, seu “padrinho” no início da carreira.
[colored_box color=”yellow”]Como o Leão está atraindo reforços?
Desde o final de 2004, quando foi rebaixado à Série C, com fama de “caloteiro”, o Remo sempre teve grande dificuldade para contratar. O clube foi rejeitado por inúmeros atletas e técnicos nas investidas por profissionais qualificados. Este ano, por estratégia ou por coincidência, ao badalar a revitalização do Baenão e em outras atitudes, o clube deu ao mercado do futebol uma demonstração de fôlego financeiro e de nova linha de gestão antes de partir para contratações. Ou seja, investiu antes em uma busca de credibilidade, se mostrou diferente e tornou-se atraente, como atestam as contratações fechadas e encaminhadas.
De onde vem o fôlego financeiro? Sabe-se lá! Uma nova prova está prometida para breve com o ônibus do clube, um veículo ano/modelo 2011, reformado e caracterizado. O importante é que o fôlego financeiro realmente exista, para que os compromissos sejam cumpridos, inclusive com a Justiça do Trabalho, e que o clube não volte à habitual asfixia.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 27/11/2013