há uma fórmula que os dois grandes rivais seguem em uma semana que antecede o clássico é a do respeito ao adversário. Episódios em que um time menosprezou o outro, que por sua vez, fez disso motivação, não faltam. No Remo, mesmo que poucos paraenses estejam no time titular, esta já é uma regra, como revelou o goleiro Fabiano, que apesar de paulista garante encarar o Re-Pa com a mesma seriedade que um paraense.
Tomar todos os cuidados. Jogo de detalhes. Dar o melhor de si. Todos estes clichês são secundários na disputa de um clássico. O que rege todos eles é um só: o respeito ao adversário. A falta dele pode custar caro e, por caro, entenda-se a vitória. “Contra um time de qualidade como o do Paysandu, temos que ter respeito ao extremo. São dois times que fizeram por onde para estar na final, que tem tudo para ser muito bem disputada. Temos que tomar todos os cuidados, dentro e fora, para quando entrarmos, darmos nosso melhor”, ensinou Fabiano.
Por essas e outras razões, as provocações ao adversário, tão comuns no passado, são abominadas pelos jogadores de futebol de hoje, que tem no profissionalismo um dogma para a manutenção da carreira. “Não tem nem por que provocar. Somos todos atletas profissionais. Hoje estamos com camisas diferentes mas no futuro podemos jogar juntos”, lembrou o atleta, que entende que o respeito começa por valorizar a própria camisa.
“Todos que estão aqui vestindo a camisa do Remo incorporaram este uniforme como se fossem da terra. Se perguntar para qualquer um, todos vão dizer que torcem pelo Remo. Vestimos com orgulho e respeito e vamos brigar por esta entidade”, garante.
Para o goleiro, seu segundo clássico é mais importante que o primeiro. Se naquela ocasião ninguém gostaria de perder, agora este sentimento é amplificado. “Quem perde o clássico, se sente mal. Já estive do lado vencedor e perdedor. Para quem ganha é excelente. Para quem perder é ruim, porque terá que correr atrás e fazer tudo o que fez novamente para chegar em uma outra final. Agora vale metade do caminho do título”, sintetizou.
O Liberal, 20/02/2013