O Remo não conseguiu suspender o bloqueio da cota de patrocínio ligada ao convênio com o Governo do Estado para a transmissão do Campeonato Paraense de 2014. Os advogados que representam parte dos credores e o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) não aceitaram o acordo proposto pelo clube, em reunião realizada ontem (25/06) de manhã no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Belém.
Por isso, os futuros depósitos feitos pela Funtelpa no Banpará permanecem bloqueados para garantir o pagamento de parte da dívida do clube, que chega a pouco mais de R$ 10 milhões, sendo R$ 8,8 milhões em débitos trabalhistas e R$ 1,2 milhões em tributos federais.
Diante desta e de outras situações que envolvem as finanças do Remo, o vice-presidente Zeca Pirão, que acaba de assumir a presidência interina em virtude do afastamento de Sérgio Cabeça, já anunciou que vai pedir que seja feito um levantamento de toda a parte contábil do clube, incluindo suas dívidas trabalhistas e cíveis, fontes de receitas e contratos de patrocínio.
“Preciso sabe tudo o que o Remo tem em caixa ou o que ainda tem a receber até o fim do ano, para assim poder traçar algum planejamento financeiro”, justificou.
A situação que Pirão deve encontrar após este “levantamento” não deve ser nada animadora. De acordo com o diretor de futebol Maurício Bororó, o clube precisaria levantar pelo menos R$ 500 mil nos próximos dias para poder pagar uma parcela de R$ 110 mil de um dos acordos feitos com a Justiça do Trabalho, quitar o mês de maio com os jogadores e colocar em dia os salários dos demais funcionários.
“Temos que pagar o mês de maio aos jogadores. O vencimento aconteceu no último dia 10/06. Só assim poderemos tratar das dispensas, pois não temos como manter esse elenco. Os funcionários não recebem desde fevereiro. Para resolver todos esses problemas financeiros, precisaríamos de uns R$ 500 mil”, calculou Bororó.
O Liberal, 26/06/2013