Na opinião do zagueiro Henrique, o fato de o Remo estar há quatro anos sem títulos vai fazer os jogadores entrarem em campo como se esta fosse a última partida da vida. Ele garante que já no primeiro treino da semana só se falou no adversário e em qual comportamento o time deve adotar para fazer um bom papel já na primeira parte da decisão do turno.
Ver a casa cheia é o que todos os jogadores esperam ao subir o túnel que dá acesso ao gramado. E um clássico numa final é certeza de ingressos esgotados, o que, para o zagueiro do Remo, é o grande diferencial em termos de motivação. “Para o jogador, se todo jogo fosse clássico era melhor. É uma motivação a mais, são torcidas que vão lotar o estádio. Mas não é fácil. É um jogo que temos que ter atenção redobrada, a todo momento. Se piscar pode sair gol, contra ou a favor”, acredita.
Outro motivo que a defesa azulina tem para manter a atenção no jogo é o fato de jogar contra o ataque mais positivo da competição, com 27 gols marcados. “São jogadores diferenciados. Já joguei contra os dois. São como o Aleílson: se vacilarmos, vão fazer gol. Temos é que matar o mal pela raiz: parar o Djalma, o Eduardo Ramos ou quem estiver botando bola para eles. Nossa marcação tem que funcionar. Se não tomarmos gols, os meninos lá na frente, Val Barreto, Leandro ou Paulista, vão fazer e vamos sair vitoriosos”, disse.
E uma vitória em Re-Pa decisivo é algo que muitos azulinos não lembram a sensação. A última aconteceu em 2008, quando o Remo conquistou o último título. O jejum de conquistas azulino vem incomodando até o elenco que nem sonhava em vestir o azul marinho na época da última conquista. A última vitória azulina sobre o Paysandu que valeu a conquista de um turno, aconteceu na data de 22/06/2008, por 3 a 2, com gols de Lenílson (2) e Leo Guerreiro. Para o Paysandu, descontaram, Samuel Lopes e Zé Augusto.
“O Remo vem de quatro anos sem títulos no Paraense. Creio que estejamos em uma crescente, com vários jogos invictos, mas nada vai ser fácil. Contra o Paysandu não será diferente. É um jogo que não tem favorito. Vamos ter que correr dobrado ou triplicado para que esse título do primeiro turno venha para o Baenão”, diz o zagueiro, lembrando ainda a necessidade do Leão conquistar sua vaga no Campeonato Brasileiro da Série D. “Temos essa responsabilidade já que nada está garantido. Eles fizeram a parte deles no ano passado e estão na Série B. Mas vamos com humildade, comendo quieto. Jogando com responsabilidade as coisas vão fluir e vamos conseguir a nossa vaga”, concluiu Henrique.
O Liberal, 20/02/2013