Uma lista de pré-requisitos já foi anunciada pelo novo diretor de futebol, Thiago Passos, para jogadores serem contratados pelo Remo. Entre outras condições, a faixa de idade e a conduta extra-campo. A intenção é estabelecer uma “política institucional de contratações” para libertar o clube da intermediação de empresários e dos “pacotes” dos treinadores.
Ok! O discurso está ótimo, mas na prática a questão não é nada simples. O mercado se impõe e a primeira condição natural é o profissional querer trabalhar no Remo. Aí está o problema!
Nos últimos cinco anos, a posição de aspirante à Série D agravou a rejeição ao clube, que já era grande pela simples fama de mau pagador. Não foi por acaso que as listas para contratações nos últimos anos teve plano A, plano B e plano C, prevalecendo 80% do plano C.
O Remo não pode estabelecer uma política de contratações sem considerar o seu baixo poder de atratividade. Tanto que até mesmo jogadores regionais têm dito “não” ao Leão, preferindo clubes do interior.
Este ano, pelo menos, o Remo tem Charles Guerreiro para atrair jogadores regionais. A maioria adora trabalhar com o atual técnico azulino. Para fazer boas importações, a cartolagem remista vai depender de relacionamento, bons argumentos e dinheiro na mão, além de capacidade nas avaliações.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 23/07/2013