No futebol, costuma-se dizer que clássico é clássico. Em jogos desse tipo não há favoritismo: todos são iguais até que o fim dos 90 minutos determine quem foi o melhor. Ou quem errou menos. Tuna Luso e Clube do Remo se enfrentam hoje, às 20h30, no estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, exatamente nos moldes que um clássico exige. Adversários de tradição da capital paraense, Águia e Leão precisam fazer uma espécie de prova dos 9 nesta segunda rodada do Parazão.
Ambos vêm de resultados positivos no primeiro jogo. Por mais que os cruzmaltinos tenham empatado, aquele 0 a 0 contra o Águia de Marabá foi considerado praticamente uma vitória, já que o grande destaque desse jogo foi o goleiro Adriano, que evitou a derrota do time marabaense. Os azulinos, por sua vez, empolgaram a torcida contra o Santa Cruz de Cuiarana. Apesar do placar magro (1 a 0) a galera gostou do desempenho do time, sobretudo, pela garra dos jogadores e de alguns destaques individuais, como há muito tempo não se via em uma equipe do Remo.
Se na matemática a prova dos 9 é um método para verificar se os cálculos estão certos, cada adversário chega com a calculadora na mão para tentar desequilibrar este clássico. A Tuna vem com o estrategista técnico Samuel Cândido e apostando na juventude de seus jogadores, como o lateral Léo, para tentar desbancar a prosa azulina. Prova disso é que fez testes com três sistemas táticos diferentes às vésperas da partida.
O Remo, com o técnico Flávio Araújo, também não ficou muito atrás. Da mesma forma, chega com surpresas táticas, tudo graças às opções em seu banco de reservas. Três deles chamam atenção: o atacante Leandro Cearense, devidamente regularizado; o habilidoso meia Thiago Galhardo e, claro, o xodó do último jogo, o atacante Val Barreto. Alternativas que podem ajudar o comandante azulino a mudar o esquema ao longo do jogo. Afinal, como costumam dizer por aí, clássico é clássico e todo cuidado é pouco.
Diário do Pará, 17/01/2013