Flávio Araújo
Flávio Araújo

No embalo das constantes improvisações, o Remo dá a largada na final da Taça Estado do Pará, hoje, às 17h, no Mangueirão, diante do Paragominas, com um discurso afinado: fazer o dever de casa e apegar-se ao que prevê o regulamento específico da decisão, ou seja, fazer valer o saldo de gols. Ao longo das duas partidas eliminatórias, o saldo pode ser o trunfo remista na conquista do título do segundo turno do Campeonato Paraense e, por consequência, da vaga na Série D do Brasileiro.

“Como o primeiro jogo é em casa, temos a obrigação de vencer bem para descomplicar lá fora”, afirmou o técnico Flávio Araújo, lembrando que o jogo de volta será domingo, em Paragominas. “São partidas de muita importância. Essa final de turno garante duas metas ao Remo: a tão sonhada vaga na Série D e a disputa da Copa do Brasil do ano que vem. Não vou dormir tranquilo pensando nesse jogo de amanhã (hoje)”, acrescentou.

O motivo de tanta ansiedade é justamente o fato de o time da capital entrar na decisão precisando reverter a vantagem conquistada pelo adversário. O Paragominas, que fez a melhor campanha no returno, terá a vantagem de jogar por dois empates ou uma vitória e uma derrota pelo mesmo saldo de gols. Uma adversidade que o Leão Azul também precisou superar nas semifinais contra o Paysandu. No entanto, o treinador remista prefere não fazer comparações entre os dois rivais. Pelo contrário, optou por elogiar o time dirigido por Charles Guerreiro.

“O Paragominas não chegou nessa final por acaso. Na primeira fase do Estadual, contra o Santa Cruz de Cuiarana, vi esse time jogando e basicamente manteve a mesma equipe, o que levou a um grande entrosamento. O clube tem o comando do Charles Guerreiro, que é competente, conseguindo o primeiro lugar do turno, com 19 pontos. Temos que ter todo cuidado, não partindo para cima de qualquer jeito, mas com organização”, alertou o comandante azulino.

Flávio Araújo também destaca a vantagem que o Remo terá no jogo de hoje, de poder jogar diante de sua torcida, que deve lotar o Mangueirão – a previsão da diretoria é de um público de cerca de 30 mil pessoas. “Temos certeza de que o torcedor do Remo vai fazer a sua parte amanhã (hoje), principalmente por ser um jogo decisivo para o clube e disputado em um feriado tão importante, como o Dia do Trabalhador”, projetou Araújo.

Dentro de campo, o treinador promete um time brigando o tempo todo pela posse da bola. “Nós precisamos jogar com a mesma raça e determinação que apresentamos nos clássicos contra o Paysandu. É com este espírito e disposição que a torcida espera ver o Remo jogando”, ressaltou o técnico azulino.

O Liberal, 01/05/2013