Henrique
Henrique

Quando se pensa em um jogador de futebol é comum lembrar do prestígio da profissão e desconsiderar o desgaste ou o nível de estresse a que estes profissionais estão submetidos. Em uma semana de clássico – e, ainda por cima, final – a tensão toma conta dos elencos de Remo e Paysandu, que buscam formas para não tornar a partida uma obsessão.

No Remo, a folga dada pelo técnico Flávio Araújo aos jogadores, na segunda-feira, foi muito bem recebida pelos remistas. Folga é uma palavra que os jogadores de futebol procuram deixar fora do vocabulário, já que são raros os momentos de relaxamento na rotina de cobranças dos atletas. Mas anteontem, quase um mês após a última folga, eles sentiram o gostinho de não ter que calçar chuteiras e vestir uniformes.

Para muitos, foi o dia de ficar em casa, como revelou o goleiro Fabiano. “Procurei aproveitar com a família. Passamos a maior parte do tempo aqui, entre jogadores e comissão técnica, que são nossa família dentro do Baenão, mas a família de fora sente falta. Estou com a filha e a esposa em Belém, então no tempo de folga que tenho, passo com elas, até para me desligar um pouco dessa imagem da decisão”, disse o camisa 1 do Remo.

Já o zagueiro Henrique, que pode continuar como titular do time nas partidas da final do turno, revelou que a folga também foi importante para recuperar o corpo. Ele saiu do jogo contra o Paragominas sentindo dores no joelho, mas garantiu já ter superado o desconforto. “Muitos não sabem, mas quando saímos de um jogo desses, saímos muito cansados, quebrados. Eu saí com dor e usei a folga para recuperar a musculatura”, disse.

O primeiro treino após a folga teve um misto de descontração e concentração. “Teve um futvôlei antes, deu para descontrair”, disse Henrique.

O Liberal, 20/02/2013