Qual a capacidade de um jogo em apresentar grandes surpresas? No caso do Re-Pa essa métrica não pode ser precisa, a começar pelo favoritismo. Pouca gente arriscava um passeio do Leão no primeiro tempo, devido a viagem cansativa do Rio de Janeiro até Belém e o tempo mínimo para treinar. Tudo isso não foi suficiente para apagar dos remistas a garra há tanto tempo esquecida.
Dentre os destaques, não há como negar que do lado azulino foram dois: o atacante Val Barreto e o volante Nata, este último, após ser achincalhado de todas as formas, deu a volta por cima, sendo responsável pela marcação arisca em nada menos do que no maestro bicolor, Eduardo Ramos, ligeiramente efetivo por toda primeira etapa.
Enquanto Nata protagonizou sua melhor exibição desde a chegada ao Clube do Remo, Val Barreto mostrou mais uma vez porque é chamado de “Valotelli”. O atacante mostrou calma e a precisão infalível de um bom centroavante, ao receber uma bola na entrada da pequena área, ajeitar, escolher o canto e abrir o placar. A sagacidade, vale lembrar, foi digna de elogios do rival.
“O Remo soube usar bem o Val Barreto. A primeira oportunidade que ele teve, chutou logo, é um bom jogador”, disparou Paulo Rafael. Ao admitir que o adversário foi superior no aproveitamento, o arqueiro deixou subentendido que do lado azul celeste, esse aspecto deixou a desejar.
Muito se esperava da dupla Heliton e Iarley, mas a falta de objetividade fez o técnico descaracterizar a iniciativa, promovendo a entrada de Rafael Oliveira e João Neto, na segunda etapa, sem suprir a demanda de quem andava atrás no placar. Ou seja, o que sobrou para um atacante azulino, faltou para os quatro bicolores.
Diário do Pará, 22/04/2013
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