Às 16h de hoje, Remo e Paysandu fazem o tira-teima. Em três jogos no ano o equilíbrio é total, com uma vitória por 2 a 1 para cada lado, e um empate em 1 a 1. O time bicolor tem a vantagem no confronto, já que sua vitória sobre o Leão valeu o título do primeiro turno e a vaga na final do Parazão. Por isso o Leão, que ainda remói a perda da campanha invicta no jogo decisivo, não esconde estar engasgado com o rival, e busca a vitória para assegurar a classificação para as semifinais e tentar provar que o fracasso no final fora um deslize.
A Taça Cidade de Belém é um dos poucos fatores de desequilíbrio entre Remo e Paysandu no Campeonato Paraense – o outro é o setor de ataque, que mostra o rival bicolor com 37 gols marcados e o Leão com 28. De resto, são 33 pontos, 10 vitórias, 3 empates e 1 derrota para cada lado. Até no Departamento Médico, eles mostram equilíbrio, já que durante a semana do Re-Pa, jogadores importantes das duas equipes sofreram com viroses – Iarley e Yago pelo lado bicolor; Mauro e Jhonnatan entre os azulinos – mas foram liberados para o clássico.
O suposto equilíbrio entre os titãs incomoda o Remo, que ainda não engoliu a perda do título nos minutos finais. “Pelo que o torcedor e a diretoria fizeram pela gente, não mereciam perder o título faltando três minutos”, disse Leandro Cearense, centroavante do Remo, que admite um objetivo para o time: classificar-se antecipadamente para as semifinais do segundo turno.
Para isso o time vai jogar no sistema 4-4-2, por uma explicação simples: o técnico Flávio Araújo defende que toda vez que o Remo agride o adversário, consegue bons resultados, e com bom futebol; quando se omite em campo, acaba sofrendo pressão e tem o resultado ameaçado. Já no Paysandu, o jogo é visto com tranquilidade maior. O time ganhou do rival quando tinha que ganhar e joga o segundo turno sem atropelos, mantendo como principal característica a eficiência para atacar, vista até mesmo quando jogou com o meio-campo desfigurado – como contra o Águia.
O time do técnico Lecheva pode ter uma novidade em campo: a presença de Billy, formando a dupla de volantes com Ricardo Capanema e mandando o capitão Vânderson para o banco de reservas. Contribui para a boa expectativa bicolor o fato de o meia Eduardo Ramos seguir em grande fase. “Depois de um tal de Lecheva, não me lembro de um meia tão bom”, disse o próprio técnico, aos risos, para depois encher a bola de Alex Gaibu e Lineker. Raul, o zagueiro-artilheiro, está confirmado, mas a suspensão de Thiago Costa deixa o banco de reservas sem zagueiros.
O Liberal, 17/03/2013