O Remo ainda tem a vantagem nas semifinais, mas ao empatar o jogo após os 47 minutos do segundo tempo o Paragominas mostrou que o Leão precisará de muito mais futebol para avançar à final. Enquanto o time da capital, que permaneceu invicto, fez um jogo frio, pautado pela precisão – o Remo conseguiu dois gols em raras subidas ao ataque – o Jacaré se entregou em campo e dominou as ações, sendo recompensado com o empate no apagar das luzes. Os dois times voltam a se enfrentar domingo, às 16h, no Mangueirão.
O plano de jogo do Remo já estava escancarado pelo técnico Flávio Araújo, que pediu o time atuante, sem parar no próprio campo, para não chamar o Paragominas, dono de um time veloz, para cima de si. O do Paragominas também não era segredo. Embora seu técnico fosse um estreante, Charles Guerreiro, a característica de velocidade ainda seria o carro chefe da equipe do interior, confiante em Aleílson, seu artilheiro e o do campeonato.
E Aleílson não precisou de nem um minuto completo para arriscar seu primeiro arremate à meta de Fabiano, mostrando suas credenciais. Mas foram os azulinos quem primeiro obtiveram sucesso na estratégia traçada: Val Barreto, no melhor estilo “Valotelli”, mandou um petardo de fora da área, encobrindo o adiantado goleiro André Luís, e abrindo o placar para o Leão.
O panorama do jogo parecia o melhor possível para o Remo mas, contraditoriamente, a virtude se converteu em seu pior pecado. Após abrir o placar e ampliar a vantagem, o Remo se desorganizou em campo, recuou o time e passou a chamar o adversário para seu campo – ou seja: fez tudo o que Flávio Araújo não queria. Fabiano bem que tentou, fez várias defesas importantes, mas não conseguiu parar Aleílson quando o artilheiro pegou um rebote após uma sequência de cruzamentos na área remista e anotou o empate.
Mesmo sem alterações na formação tática para o segundo tempo os dois times vieram diferentes. O ritmo frenético da primeira etapa virou uma sequência de chutões e pouca bola no pé, território dominado pelo Remo, que com um homem só na criação passou boa parte do jogo apelando à ligação direta entre a defesa e o ataque. Em um desses lances, o Leão conseguiu uma falta próxima à área, daquelas que Zé Antônio leva perigo. Lembrando do chute forte do zagueiro azulino, o goleiro do Jacaré se preparou para sua cobrança, mas esqueceu que Fábio Paulista também estava na bola: o camisa 11 cobrou no meio do gol, mas a surpresa foi o suficiente para pegar o goleiro adversário desprevenido.
Novamente à frente no placar, o Remo se mostrou mais à vontade e quase chegou ao terceiro. Flávio Araújo tirou um atacante e colcou Henrique em campo e o Remo passou a administrar a vitória parcial. Na última volta do relógio, Aleílson contou com o escorregão de Tony e subiu sozinho, cabeceando cruzado e sem qualquer chance para Fabiano, empatando a partida e deixando em aberto a decisão pela vaga na final.
O Liberal, 15/02/2013
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