O anúncio de que o Clube do Remo enfrentará o Flamengo (RJ), no primeiro jogo da Copa do Brasil 2013, deixou a torcida azulina eufórica nas ruas de Belém na manhã de ontem. Por várias esquinas, muitos torcedores comentavam a notícia. No entanto, era nítido que essa euforia se transformava em um pouco de frustração, quando o torcedor descobria que o Remo precisa cumprir quatro mandos de jogos fora de Belém, em decorrência a uma punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), ainda no ano passado, quando um torcedor arremessou um objeto no gramado, na partida diante do Mixto (MT), pela Série D do Brasileiro.
Sabendo de tudo isso e, sobretudo, pensando na grande renda do jogo, a diretoria já traça planos para viajar até o Rio de Janeiro para tenta reverter a situação e trazer o jogo para Belém, mais precisamente para o Mangueirão. Para se ter uma ideia, a última vez que Remo e Flamengo se enfrentaram foi em 2009, pela mesma Copa do Brasil. Nesse jogo, o Leão acabou perdendo por 2 a 0, mas o Mangueirão chegou aos 44 mil espectadores e gerou uma renda que ultrapassou R$ 900 mil. É por isso, entre outras coisas, que a diretoria azulina garante que não medirá esforços para reverter o quadro.
“Já estamos nos movimentando neste sentido. Estamos preparando um grupo de advogados para trazer este jogo para Belém”, afirma Francisco Rosas, diretor de futebol. Ao lado do advogado Osvaldo Sestário, essa comissão já prepara diversos documentos que possam ajudar na absolvição do Leão. Entre os argumentos, estará a questão estrutural do Mangueirão, tanto em termos de segurança, como para a imprensa.
Será levado em consideração também, o fato da providência dos túneis infláveis para os jogos do Estadual, após tanto o Remo, como o Paysandu, terem sido punidos pela mesma circunstância de objetos arremessados no gramado. Fora isso, a defesa irá expor que a não realização do embate na capital paraense será prejudicial para toda torcida regional. Aguardaremos os próximos capítulos, pois já diz o ditado: “enquanto houver vida, há esperança”.
Diário do Pará, 02/02/2013