O Remo começou 2013 com um elenco renovado. Foram 25 contratações e 22 jogadores deixando o clube. Tudo para chegar ao principal compromisso do ano – a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro – com um time forte e bem entrosado, mas antes precisa conquistar o Parazão – um título que não chega ao Baenão há quatro temporadas. O discurso de comissão técnica e jogadores é o mesmo: é preciso um bom resultado no Parazão para garantir vaga no Brasileirão.
O maestro responsável não só pela afinação no discurso, mas por toda a formação da atual equipe é o treinador Flávio Araújo. Contratado antes mesmo da reeleição do presidente Sérgio Cabeça, ele ganhou autonomia para contratar e dispensar. Por isso, a maioria dos reforços veio do futebol nordestino, onde o técnico cearense construiu uma carreira de sucesso nos últimos anos. Além do título da Série D 2012, pelo Sampaio Corrêa (MA), ele já havia conquistados acessos para a Série B com Icasa (CE), em 2009, e América (RN), em 2011.
O elenco renovado, que terá a missão de buscar o título que não vem desde 2008, inicia a competição com o objetivo de não apenas vencer o jogo de estreia – contra o Santa Cruz de Cuiarana, amanhã, às 20h30, no Baenão -, mas também a desconfiança que ainda gera na torcida. O ano passado não foi dos melhores e, se fosse possível, o torcedor apagaria da memória as campanhas no Parazão, na Copa do Brasil e na Série D.
Só que a ingrata tarefa de esquecer o passado fica a cargo dos jogadores recém-chegados ao Leão Azul. Em sua maioria jovens, como o meia-atacante Thiago Galhardo, de 23 anos, o zagueiro Zé Antônio, 22, e o atacante Paulista, 24, e outros que apesar de experientes são totalmente desconhecidos da grande maioria dos torcedores paraenses, como os zagueiros Carlinhos Rech e Henrique, os volantes Nata e Tony, os meias Josy, Edilsinho e Eduardo e o centroavante Val Barreto.
Por isso mesmo, o responsável por dar conjunto a esta nova equipe, o treinador Flávio Araújo, pede paciência ao torcedor. “A torcida vai entender. O que vão mostrar em campo neste estreia, com certeza, ainda não é o limite desse time”, avisou Araújo. Mesmo assim, o técnico não foge do que realmente os remistas almejam. “Sabemos que será difícil, mas temos condições de jogar de igual para igual com qualquer adversário e brigar pelo título estadual”, disse.
O discurso entre os novatos é o mesmo: muita dedicação. O zagueiro Carlinhos Rech, mesmo com pouco tempo de Baenão, admite que a vitória apertada contra o Castanhal no amistoso de 28/12 não animou muito a torcida. Por isso, o time precisa aproveitar a estreia contra o Santa Cruz, amanhã, e vencer.
O Liberal, 13/01/2013