Se na quinta-feira o Remo foi “oito”, ontem no Mangueirão o Leão foi “oitenta”. Depois da exibição apática na semifinal disputada em Paragominas, o time de Flávio Araújo subiu ao gramado do Mangueirão com seis mudanças e jogou seu melhor futebol em 2013, pela análise do próprio técnico. O placar, 2 a 0, poderia até ter sido maior, mas foi suficiente para os azulinos se credenciarem à final do campeonato, ainda com a vantagem de jogar por dois resultados iguais.
Com mais de meio time trocado, o Remo não demorou para mostrar que a postura na segunda semifinal havia mudado radicalmente em relação à primeira. Bastou o apito soar pela primeira vez para o Leão se lançar ao ataque, obedecendo ao pedido do técnico Flávio Araújo, que não queria o time jogando pelo empate. A atuação incisiva do Remo confundiu o Paragominas: se em um primeiro momento o time não foi ao ataque por não conseguir manter a bola nos pés, depois o time de Charles Guerreiro, mesmo com a posse de bola, parecia sem disposição para atacar.
O resultado desta conjuntura foi uma avalanche remista na primeira etapa: Fábio Paulista, duas vezes, e Jhonattan tiveram as chances mais claras de abrir o placar para o Remo, que criava sucessivas oportunidades de gol. Do lado verde da semifinal, o Paragominas teve uma chance de marcar, quando Aleílson pegou o rebote de um escanteio e tentou emendar um voleio de primeira, furando e deixando o trabalho de Fabiano mais fácil. Esta, aliás, foi a única defesa do goleiro remista no jogo.
Para o Remo chegar ao gol, precisaria ainda exorcizar o fantasma da fraca atuação de quinta-feira. No segundo tempo, mantendo o ritmo avassalador do primeiro, o Leão continuou frequentando o campo de ataque e esbarrando ora na falta de pontaria, ora em defesas difíceis de André Luís, como no lance em que Fábio Paulista emendou de primeira um cruzamento de Leandro Cearense.
Paulista aumentou ainda mais a ansiedade dos torcedores ao invadir a área e chutar cruzado, com força, o travessão de André Luís. O som da bola batendo no poste foi o sinal para o Fenômeno Azul cobrar a entrada de Val Barreto no jogo. E o xodó azulino, que substituiu Cearense, precisou de uma chance para abrir o placar: ele recebeu passe de cabeça do companheiro de ataque, ganhou do zagueiro na corrida e chutou forte e rasteiro. A bola, mesmo na direção de André Luís, confundiu o goleiro e parou nas redes.
Com a vantagem aumentada, o Remo só precisou encaixar mais um contra-ataque para definir a passagem à final. Ele veio com um belo passe de Jhonnattan para Fábio Paulista, que invadiu a área e chutou cruzado, como fizera alguns minutos antes. Porém, dessa vez, ele encontrou a lateral das redes e não a trave, fez 2 a 0 e deixou os remistas comemorarem a vaga na final, novamente contra o maior rival.
O Liberal, 18/02/2013
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