A decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que puniu o Clube do Remo com a exclusão das competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além de pagar multa de R$ 20 mil, repercutiu nesta sexta-feira (12/07) entre os jogadores e a presidência do Nacional (AM). A procuradoria do STJD denunciou a equipe paraense de se aproveitar da ação movida pelo torcedor Wendell de Souza Figueiredo, que suspendeu os jogos da equipe do Genus (RO), representante de Rondônia, na Série D do Campeonato Brasileiro.
O presidente Mário Cortez acredita que a medida do STJD foi justa, mas cobrou uma posição mais efetiva da CBF, que ainda terá que cassar a liminar do torcedor do Remo, para que a competição não seja prejudicada.
“A punição foi justa. Eles (Remo) agiram de maneira inesperada provocando a sua torcida. Primeiros tentaram comprar a vaga do representante de Rondônia, como não conseguiram, tentaram através da torcida ‘melar’ a Série D. Agora a CBF tem que cassar essa liminar que impede o Genus (RO) de jogar”, avaliou Cortez.
Para o volante Roberto Dinamite, a decisão da CBF deveria ter sido tomada muito antes. “O Remo não teve qualidade para ganhar a vaga disputando o Campeonato Paraense e agora queria tumultuar o Brasileiro. Não é a primeira vez que eles tentam isso. Agora teremos mais tranquilidade para trabalhar sabendo a definição dos jogos e que depois de uma semana exaustiva de treinos iremos viajar para jogar contra o Genus (RO)”, afirmou.
Já o craque Danilo Rios preferiu se manter neutro no assunto e afirmou que o Nacional (AM) deve fazer a sua parte dentro de campo. “Isso é uma questão que eles do STJD tem que julgar e definir para que o Campeonato Brasileiro não seja prejudicado. Nós temos que fazer a nossa parte dentro de campo e conseguir os resultados que o clube precisa”, disse.
Questionado sobre a punição do clube paraense pelo STJD, o técnico Aderbal Lana, alegando cansaço da viagem de Campinas (SP) para Manaus (AM), preferiu não se aprofundar sobre a decisão da Justiça Desportiva. “A CBF está agindo, eles tinham que definir. Estamos tranquilos porque temos que jogar ou contra o Remo ou contra o Genus (RO). Agora vamos trabalhar para enfrentar o Paragominas no próximo domingo. Desculpe, mas estou cansado, cheguei de viagem e não quero falar sobre isso. Amanhã (hoje) a gente conversa”, desconversou o treinador, sem querer falar mais sobre o caso envolvendo o Remo.
Portal A Crítica (AM), 13/07/2013