O Clube do Remo não consegue ganhar um título desde 2008, quando foi campeão paraense pela última vez. Neste domingo, a derrota para o Paragominas, na final da Taça Estado do Pará, deixou a torcida azulina apenas na vontade novamente. A cada ano, a cobrança em cima do time e da diretoria só tem aumentado. Por isso, o diretor de futebol do Leão, Maurício Bororó, confirmou que nesta segunda-feira provavelmente terá uma reunião com o presidente Sérgio Cabeça e o vice Zeca Pirão, para traçar o planejamento do clube para 2014 e dar uma resposta ao torcedor.
“Nós chegamos de viagem ainda há pouco, 12h30. Estou aguardando uma ligação do vice-presidente, Zeca Pirão, para nos reunirmos no final da tarde, junto com o presidente Sérgio Cabeça. Vamos definir questões sobre contratos de jogadores, empréstimos e o planejamento para o restante do ano, como amistosos e viagens. Por enquanto não temos nada definido. Posso apenas adiantar que a nossa prioridade agora é pagar os salários de jogadores e funcionários. A diretoria não pode se esconder, temos que dar uma satisfação ao torcedor. Por isso, vamos fazer uma análise criteriosa de avaliação e planejamento, para ajeitar a casa”, explicou Bororó.
Segundo o diretor, o momento é de ter os pés no chão e reorganizar o clube pensando no ano que vem. Ciente de que o Remo não garantiu a vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro em campo, Maurício Bororó afirma que a diretoria não deve achar outra brecha para entrar na competição, como no ano passado, quando o Cametá desistiu de disputar a competição nacional.
“A vaga na Série D é do Paragominas. Eles conquistaram o segundo turno e isso é deles por direito, estamos cientes do regulamento. Não podemos iludir o torcedor, que está muito chateado com o time. Se aparecer uma oportunidade ou convite da CBF, o Clube do Remo vai aceitar, mas acho muito difícil que aconteça”, afirmou.
Maurício Bororó também revelou estar muito triste com a fase que o Leão vive nos últimos anos, mas garante que será feita uma análise criteriosa da equipe e pediu calma à torcida.
“Entendo que a torcida está triste, magoada, chateada. Posso garantir que também estou. Hoje, estou diretor do clube, mas antes de estar aqui, era e continuo sendo um torcedor fanático do clube. Ontem foi o dia de sofrer, ainda com os ânimos à flor da pele, mas hoje é o momento de agir com a razão, com a cabeça fria, e pensar no que é melhor para o Remo”, finalizou.
Globo Esporte.com, 06/05/2013